MAUÁ-ITAMONTE: TRAVESSIA INVERNAL NA MANTIQUEIRA |
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Trekking
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Escrito por Jorge Soto |
Qui, 22 de Julho de 2010 17:33 |
REUNIAO NA RODOVIARIA DE RESENDE Tratamos de ficar visíveis p/ galera q logo chegaria; tinha receio deles esquecerem de desembarcar e fossem dar em Volta Redonda. Temores infundados, 4 da madru chegam Bob, Paula e Emilia, todos de cara amassada. Não demorou e logo apareceram os santistas Nelson e Sandra, a mulher-sorriso. Agora não havia opcao senão aguardar amanhecer p/ esperar o bus local p/ Maromba, as 7:30hrs. Fomos tomar café no restaurante p/ afastar o sono, q caiu com td sobre a Paula e a Emilia: a primeira estendeu o isolante no chão e apagou; a segunda aninhou-se espertamente no "quarto de bolinhas" do playground infantil dali. Já amanhecia e o nevoeiro lentamente se dispersava c/ promessas de céu azul, embora ainda fizesse frio. 8hrs e nada de busao. Informações desencontradas do próprio povo dali davam conta q naquele dia so partiria 10:30, pois a Tupi reduzira em 50% seus horarios!! Plano B, lógico. Havia um tiozinho c/ Kombi e foi ela mesma q lotamos a precinho camarada, e la fomos nós c/ o Itamar, um jovem q conhecemos na rodoviária. DIA DE RELAX E PINGA C/ MEL EM MAROMBA Passamos p/ Visconde de Mauá e, sinuosamente, por Maringá, apenas p/ constatar q lentamente a modernidade vai se apossando destes refúgios invernais, bem + rústicos a uns 10 anos atrás. Qdo se fala em Mauá se fala dos 3 vilarejos q a compõem, Maringá e Maromba. Finalmente, 9km após Mauá serpenteando o vale ao lado do onipresente Rio Preto, chegamos em Maromba antes das 10hr, onde encontramos o Ronald, q nos aguardava na frente da igrejinha. Arrumamos um quartinho simples por 15 pilas e o resto foi só alegria. Maromba tava ate bem vazia p/ ser feriado. Certamente as chuvas inibiram os cariocas, q batem cartão lá. Diferente dos outros vilarejos, Maromba ainda preserva o ar bicho-grilo-rustico q lhe fez fama. Foram os hippies (nos anos 70) q estacionaram aqui, convivendo lado a lado com tradicionais famílias mineiras e alemãs, primeiros colonos da regiao. Estabelecimentos como "Bazar Esotérico","Pousada Terra da Luz", "Pizzaria do Buda" , "Brechó Zen" são comuns..Mas o q pega mesmo aqu é a fartura de água por td lado e, conseqüentemente, de cachoeiras e poços q faz a alegria dos turistas. Santa Clara, Alcantilado, Véu da Noiva, etc.. E é pra uma dessa q vamos, lógico. Do largo do Maromba vamos pela estradinha q sobe suavemente a serra, acompanhados pelo Rio Preto à direita, q desce a montanha formando uma sucessão de poços e cachoeiras. Deixando o entorno de pousadas, campings, lojinhas de souvenires, artesanias e bijus (q são a alegria das meninas) chega-se num trecho, digamos, "mais rural". 3km depois estamos no Poção de Maromba, onde uma enorme pedra serve de trampolim p/ poucos doidos q pulam na fria água. Não tivesse nublado quem sabe me animasse como outrora, mas sem chance meeesmo! Pausa p/ clicks, claro! Continuando ate o final da estrada chega-se na atração principal da vila, a Cachoeira do Escorrega, um tobogazao lapidado na pedra q desemboca num poção. Alguns malucos se aventuravam a escorregar ali, p/ alegria dos turistas. Loucos como o Edu, p/ variar. Tô fora.. Mas como toda caminhada merece uma pausa p/ repôr as energias, estacionamos nas mesinhas do Bar do Escorrega onde mandamos ver muita breja gelada, pinga c/ mel e algum caldinho de feijão. Ficamos encucados com vários petiscos q o cardápio oferecia, principalmente uma tal lingüiça de truta (!?) Q dureza.. Depois de td esse "esforço", retornamos p/ Maromba c/ fome, quase 16hrs. Estacionamos num restaurante p/ degustar um pf de truta tradicional da região. Eu, particularmnte, tava + é com sono e dor-de-cabeça (misturar pinga e breja dá nisso, esperteza!) e fui descansar no quartinho. Uma hora depois, quase td mundo tava mimindo no quarto tb.. Levantamos as 20hrs p/ dar um rolê na night marombense. Tava frio e garoava um pouco. Não havia o tradicional movimento nas ruas, com a penca de barraquinhas de artesanatos uma do lado da outra, parecia q o povo tava mesmo é concentrado nos bares e botecos. Mais uma voltinha pelas lojinhas, agora coloridamente iluminadas c/ lustres artesanais de td tipo. Mais uma pausa no restaurante p/ encher c/ pinga c/ mel ou beliscar algo. Na sequencia estacionamos no barzinho + animado dali, com direito a pebolim, + cerveja e pinga c/ mel no bambu, ao som que misturava curiosamente forró, mpb e poperô.. Poxa, dessa maneira a gente quase manda a travessia pro espaço e fica por ali mesmo!! Porem, cientes de nosso dever trilheiro deixamos o barzinho as 3 da madru (!?) p/ descansar e levantar bem-dispostos p/ travessia..ou ao menos tentar. FINALMENTE, TRAVESSIA!!! Lentamente (e relutantemente tb) deixamos Maromba atrás, seguindo estradinha acima (oeste), sentido a Cachoeira do Escorrega. Primeira bifurcação, à direita. Adiante, nova bifurcação. Toma-se à direita, pois a da esquerda leva ao Escorrega. Cruzamos uma rústica ponte sobre o córrego do Maromba em meio a densa mata, composta de quaresmeiras. Nova bifurcação, onde ignoramos a rampa à esquerda e entramos à direita, num portão (Cabanas da Fazenda), onde a estradinha de terra vai lentamente se estreitando em meio à agradável sombra de pinheiros e eucaliptos. Não andamos muito e já vemos 2 casinhas à esquerda. A trilha sobe íngreme entre araucárias e algum pasto, mas logo em seguida a vegetação baixa p/ arbustos e samabaias, sempre ziguezagueando. A trilha é bem nítida, não tem erro pq é mto usada pelo pessoal da região. Num trecho há ate uma bica, q abastece os cantis incompletos. Mais acima, um pouco de vegetação maior nos provê de sombra fresca p/ aquela manha azul e ensolarada. Após alguns trechos de florestas c/ boa sombra, bordejando enormes cupinzeiros e muita mata ciliar, o trilho pela crista torna-se novamente íngreme, vários sulcos e carreiros erodidos se embaralham em meio a arbustos e mata rala, mas todos acabam se encontrando la em cima. Finalmente, quase meio-dia, alcançamos o q julgamos ser o topo, um amplo e vasto gramadao num local aberto, onde a mata rala se mistura com algumas bromélias. A vista se abre consideravelmente nos permitindo vislumbrar o paredão rochoso da Serra Negra, a esquerda, e montanhas forradas de verde ao fundo do Vale do Paraíba. Pausa p/ descanso, lanche e clicks! O sol tava pegando e o Maromba não perdia tempo em se aninhar na sombrinha dos arbustos, disputada a tapa por todos. O relógio do Ronald contabilizava 800m de desnível ate ali. Lentamente vamos contornando a encosta da montanha a nossa esquerda, deixando as cristas da Mantiqueira p/ trás. E um novo vale se abre diante nos. É o Vale do Aiuruoca, com o rio homônimo serpenteando o fundo do vale, ao pé de imponentes montanhas q o acompanham de sul a norte, q identificamos como o planalto de Itatiaia (c/ o Alsene, minúsculo pto branco ao sul), a Serra da Vargem Grande, Serra da Cachoeira e Serra das Costas..Uma paisagem q realmente impressiona. Agora o caminho desce suavemente pelo ombro da montanha onde estamos p/ noroeste. Dizem q aqui há uma bica, porem não achamos a dita cuja, ou tomamos o sulco errado, sei la.. Mas a medida q fomos perdendo altitude, passamos do lado de uma cerca (e um pequeno casebre fechado), no qual nos abastecemos da cx dagua local, q despejava do alto seu precioso liquido q alem de encher nossos cantis, molhou nossas cabeças suadas diante do calor daquela tarde ensolarada. Continuando a descida, chegamos num foco de floresta onde a trilha trifurcava, onde a opção da direita, + batida, descia p/ norte. As demais, aparentemente + fechadas, sera q dariam p/ sudoeste ou oeste? Não sei, tomamos a mais obvia e batida, sem muito pestanejar, e la fomos nos, perdendo um tantao de altura em acentuados ziguezagues, já ouvindo barulho la de baixo e avistando uma casinha do lado de uma estradinha. Após descida acentuada, e um desnível de quase 300m, chegamos no q devia ser o quintal da casinha avistada, num gramado bem simpático e um pequeno córrego abastecendo os cochos ao redor. É a casa do seu Anísio e a casa/pousada dos filhos dele. Bob já conehcia o dito cujo de outra ocasião, motivo pelo qual o simpático senhor fez o possível p/ nos segurar. Dna Rosa, sua mulher, conseguiu um pouco isso c/ seu delicioso cafezinho e alguns quitutes saídos do seu forno a lenha. Eram 15hrs e demos um tempinho de descanso diante de tanta hospitalidade. O convite de pernoite p/ ouvir os causos de Seu Anísio era muito tentador, porem ainda havia luz suficiente p/ adiantarmos pernada ate atingirmos o rio propriamente dito. O Maromba, por sua vez aprontou das dele: quase levou um pau de uma galinha pq havia pego (e morto) um de seus pintinhos, q logo em seguida outro cachorro pegou da boca dele. Q feio.. A pernada segue pela estradinha de terra, q desce suavemente pelas encostas montanhosas p/ noroeste. Há muitos pequenos platozinhos ideais p/ pernoite, mas a idéia é ficar do lado do rio, no fundo do vale, cujas águas são audíveis do alto . Algumas pequenas casinhas e fazendinhas são transpostas atraves de porteiras, onde o Maromba se divertia atazanando as vaquinhas. O sol vai lentamente esparramando seus últimos raios pelas montanhas qdo chegamos ao Rio Aiuruoca, deixando o vale razoavelmente escuro antes mesmo de anoitecer. Antes da rústica ponte, o convidativo gramado de um campinho de futebol sera nosso camping improvisado daquele dia cansativo. Armadas as barracas 16:15, alguns arriscam um banho nas águas geladas (gelada mesmo!) do Aiuruoca. Vendo a Paula, Emilia e Edu e Silvana entrarem nas águas ate me animou, mas a idéia foi pro espaço assim q meu pezinho tocou o gelo q o rio tava. Nelson e Sandra tb desistiram. Sem chance, desta vez baixo meu chapéu as meninas, q saíram de lá c/ o queixo batendo.. A claridade enfim se foi e a temperatura caiu rapidamente ao cair da noite. Aquele vale era um gelo só! Preparamos nossa janta no quiosque do campinho, q veio a calhar como cozinha. La fizemos nosso miojao básico, sopa de legumes, lingüiça c/ arroz, etc.. O Maromba, educado q ele só, fazia aquela cara de coitado e sempre ganhava alguma coisa p/ petiscar. Bob foi o barman da noite e trouxe um bom vinho tinto q a galera detonou rapidinho. Terminado o rango, papeamos + um pouco, ouvindo a Sandra contar as peripécias de sua filha, outra figura onipresente na trip. Mas o frio daquele vale umido nos intimou a recolher antes das 20:30hrs. Fui deitar apenas p/ constatar q tava com dor de garganta e engolir tava um martírio só.. A noite, salpicada de estrelas, foi agraciada c/ uma bela meia-lua q prateou tanto o campo como as montanhas ao redor. De madruga acordei varias vezes; a temperatura despencara + e tive q ensacar meus pés p/ suportar a friaca. NA CRISTA DA SERRA DA COLINA Qdo o sol alcançou o campinho começou a disputa por seus raios, inclusive o Maromba, enquanto o orvalho evaporava do sobreteto das barracas. Tomamos um farto café no quiosque e cada um contou sua expereincia noturna; parece q não fui o único q passara frio. De repente, vimos um cara se aproximar do campo. "Puts, vao nos expulsar ou cobrar algo", pensei. Q nada, o cara apenas vinha nos dar um toque q ali não podia acampar, pensando q permaneceríamos ali + tempo. Expliquei q já estávamos de partida e td ficou bem. Aproveitei e peguei dicas p/ percurso daquele dia. Iniciamos a pernada por volta das 9:30 c/ promessa de + um dia lindo, atravessamos a ponte de madeira e tomamos a estradinha de terra q acompanha o Aiuruoca, p/ direita. Não andamos nem 200m e deixamos da estrada, tomando uma picadinha galgava as ingremes montanhas à esquerda. Alcançamos o alto da serra 11hrs, onde descansamos merecidamente alem de apreciar a paisagem maravilhosa do Vale do Aiuruoca, Serra Negra e Itatiaia visto de outro lado, assim como as montanhas q descêramos o dia anterior! Um local em si bem cênico merecedor de vários clicks! O destaque ficou por conta de Bob, q discursou sobre as msgs subliminares do Malboro. Agora a trilha toca pela crista da serra pro oeste, passa pro outro lado na encosta, em meio a muita samambaia, focos de mata, araucárias e muito gramado forrado de pinhao. Deixamos o Vale do Aiuruoca atrás p/ adentrarmos agora no Vale de Vargem Grande, cuja descida não consome nem 40min, em declive suave pela encosta. Após uma porteira, chega-se na estradinha (a mesma do inicio do dia, so q beeem adiante) e vamos p/ esquerd, já com sinais de casas, algumas pousadinhas c/ jardins decorados c/ vistosas hortensias e gente passeando de cavalo. Meio-dia já nos encontramos no arraial de Vargem Grande, um punhado de casas c/ alguma infra ao largo da estradinha. Por sorte, uma das casas era a Pousada dos Lírios, q dispunha bebidas e petiscos. Claro q aqui foi nosso pit-stop! Descansamos, tomamos cerveja, lanchamos e mandamos ver uma deliciosa porção de lingüiça c/ cebola, q o Maromba não tirou os zóio. É ou não é uma trilha de conforto?? Tanto é q muito ficaram tentados a ficar ai... Mas td q é bom dura pouco e ainda tínhamos serra p/ subir, a Serra da Colina, a nossa frente, do outro lado do vale. Claro, enchemos todos os cantis pq boa água so no dia sgte. 13:30 e pé na estrada novamente. Passamos uma Igreja (Congregação Crista) e um laticínio (SerraNegra) Na ultima casa, sai da estrada pela direita e toma um trilho q acompanha a cerca, p/ norte. Trilho bem batido e largo. Logo acompanhamos outra cerca (a nossa esquerda). No fim desta, saimos da trilha principal (q dá num belo descampado de araucárias) e tocamos p/ esquerda, acompanhando a cerca de arame, q desce um pequeno vale. Atraves de mata baixa e arbustiva, chegamos no fundo, onde o Ribeirao Vargem Grande é transposto c/ muito equilíbrio por cima de um tronco tremulo. Agora não tem + erro, é so seguir trilha acima, ora alternando pirambas íngremes ora suaves, mas sempre sob a sombra refrescante de arbustos, samambaias e arvores baixas. Logo a mata torna-se mais fechada e úmida, mas a trilha é nítida. O Maromba, todo alegre, é quem sempre faz o reconhecimento do terreno, sai disparado na frente e se enfia nas encostas de mata fechada, emergindo do nada, as vezes. Pelo jeito ele tb tava curtindo a trip. O sol cai rapidamente e meu olho clinico já perscruta algum local decente p/ pernoite. Enquanto a galera descansa num gramado da encosta, saio em busca de um local mais interesante p/ acampar. Achei. Continuando pela trilha, contornamos um foco de mata pela esquerda, atravessamos uma rústica porteira e tamo novamente na crista, quase no final da Serra da Colina, as 17hrs. O visu é panorâmico; a sudoeste a Pedra do Picu lembra uma barbatana de tubarão num mar verde; mais ao longe, a silhueta da Serra Fina; ao norte a cadeia da Serra do Manguara e Serra dos Costas não deixa tb por menos. Cansados, montamos as barracas ao largo da crista em lugares planos, enquanto o crepúsculo cênico é acompanhado por uma brusca queda de temperatura, onde algumas nuvens ameaçam encobrir td de vez. No inicio da noite nos reunimos p/ jantar, menos Edu e Silvana, q não arredam pé da barraca. Após uma janta suculenta - racionando nossa água - p/ suportar o frio q fazia q era intensificado pelo vento, nosso barman coletou barras de chocolate da galera, derreteu e - num processo alquímico-etilico - transformou num delicioso "Choconhaque" q todo mundo mandou ver, sem dó! Ate o Maromba teve fartura aquela noite: a Emilia preparou um miojao caprichado especialmente p/ ele; depois soubemos q o Edu tb fez o mesmo. O papão tava muito bom mas o frio não permitiu maiores delongas. Hora de mimir as 20hrs! O céu tava estreladissimo e o faiscar tremulo das luzes de Itamonte, a noroeste, era sinal q nossa trip tava próxima do fim. Começou a ventar forte, afinal aquele cume era totalmente aberto. Ate cogitei colocar o Maromba na barraca, mas ao vê-lo se coçando varias vezes desisti da idéia. Depois ele se aninhou confortavelmente encostado na barraca do Edu. De madruga fez menos frio q a noite anterior, mas ventou muito; eu já via minha barraca voando e tinha horas em q a parede lateral encostava no meu rosto! Em compensação,a mesma lua iluminou maravilhosamente as montanhas ao redor. A VOLTA Agora descemos em acentuados ziguezagues enquanto a vegetação aumenta de porte consideravelmente, e o trilho, inicialmente pedregoso, torna-se um sabão só de tão erodido e escorregadio q tava. Aos poucos, sons familiares de latidos, água e ate vozes indicam q estamos no final mesmo da trilha. Assim, antes das 10hrs, chegamos no final da picada, vale abaixo, num pequeno curral aparentemente abandonado, onde descansamos, beliscamos alguma coisa e enchemos os cantis. Acabou a trilha mas não a trip. Agora era so tocar pela estrada de terra q partia dali, sabe-se la p/ onde. E la fomos nos, bordejando interminavelmente morros com o forte sol nos miolos, enfim, um trecho cansativo e sem-graca, mesmo q em suave declive. Sítios e pequenas fazendas se sucedem, enfim, civilização. Perguntando, descobrimos q ainda tínhamos quase 13km ate Itamonte, um trecho q decididamente nao faríamos a pé. Q o digam Nelson e Sandra. Ao chegar numa bifurcação (onde havia uma Igreja, devia ser o bairro rural da Conquista ou Bento José) perguntamos por seu Ico, um cara q teria uma Kombi e c/ quem negociamos nosso retorno por um precinho de mãe. Beleza. Eram12:30. As cenas q se seguiram são dignas de qq matinê melosa de Sessão da Tarde: a despedida do Maromba, q não parava de latir e chorar ao nos ver entrar no veiculo. Comoção e choradeira total foi ver o bicho correr atrás da Kombi boa parte do caminho, ate q finalmente ficou atrás, exausto. Seu Ico garantiu q logo o bichim adota outra família ou simplesmente volta p/ Maromba. Ao invés de Itamonte saltamos em Itanhandu, onde teríamos + chances de busao p/ sampa. Eram 13:30 e não haviam vagas. O jeito foi aguardar busao p/ Cruzeiro enquanto víamos alguns Itanhundenses se preparando p/ algum rodeio, trajados curiosamente a caráter. Silvana e Edu, fazendo jus a fama de anti-sociais (rs), se separam da gente dizendo q vão visitar "um amigo" e logo voltam. Não os vimos mais. As 15hrs fomos p/ Cruzeiro, onde felizmente havia vaga p/ sampa. Comemoramos c/ varias brejas na espelunca-lanchonete da rodoviária ate o embarque, exatas 17hrs. O resto da viagem foi feita no estado onírico avançado, apenas dando conta da gente ao chegar no Tietê, as 20hrs. Despedida aqui.. despedida acolá, qual minha surpresa ao constatar q a Emilia mora perto de casa, razão q não me fiz de rogado e aceitei sua gentil carona. Cheguei no lar uma hora e pouco depois. Para um pais celebrado por generosas paisagens tropicais, o Brasil é brindado igualmente c/ fartas regiões serranas q acabam tornando-se refúgios ideais p/ viver os prazeres do frio. E nesse meio-termo q a Mauá-Itamonte cumpre todos os requisitos p/ uma pernada agradável, moderada, brindada c/ altas paisagens, alem de oferecer varias opções e variantes em quase todo seu trajeto. Todas c/ muita água. Não é a toa q o próprio nome,em tupi, Amantiquira, significa "serra q chora" devido a suas numerosas vertentes q descem serra abaixo. mauaita1 - Cachu do Escorrega
mauaita2 - galera em Maromba
mauaita3 - subindo a serra
mauaita4 - topo da serra negra
mauaita5 - Rio Aiuruoca
mauaita6 - subindo Serra Vargem Grande
mauaita7 - visu do alto
mauaita8 - Itatiaia ao fundo
mauaita9 - topo da Serra da Colina
mauaita10 - amanhecer
mauaita11 - visu das serras mineiras Jorge Soto |