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BIKE - PEDALANDO PELAS 7 CIDADES PDF Imprimir E-mail
Seção: Bike - Categoria: Geral
Escrito por Jorge Soto   
Ter, 12 de Maio de 2009 00:35
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BIKE - PEDALANDO PELAS 7 CIDADES
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PEDALANDO PELAS 7 CIDADES DE PEDRA 
                  por Jorge Soto

Excursões vapt-vupt tem sempre um "quê" prazeroso q viagens descompromissadas não tem. A necessidade de otimizar tempo faz o espírito viajante apreciar cada segundo gasto, sendo possível eternizar um breve e efêmero momento. E é assim q acontece c/ os parques do Piauí, um estado com estado de espírito sempre iluminado, onde o Sol brilha o ano inteiro c/ toda intensidade.

Brilha assim tb p/ o Parque Nacional 7 Cidades, destacando suas curiosas (e misteriosas) formações rochosas assim como vestígios do homem primitivo q em meio à àrida caatinga são suas principais atrações. Sem contar nas muitas lendas e uma mitologia peculiar q dão o tom místico ao local, situado no norte agreste do estado.

Após quase 3:30hrs - e 180km desde a capital piauiense - de viagem feitas no mais profundo sono, cheguei na cidadezinha de Piripiri, às 9:30 da matina. A viagem fora um tanto monótona; a paisagem do sertão alterna-se entre planícies verdejantes de carnaubeiras contrastando c/ a monocromia cinza-bege da caatinga habitual. E muitas placas de Ypioca, diga-se de passagem. Piripiri é daquelas mirradas cidadezinhas esparramadas horizontalmente, já q casas e estabelecimentos comerciais ficam distantes uns dos outros. O meio de transporte dos locais são bicicletas, cavalos, jegues, mas principalmente moto-taxis, característica principal das pequenas cidades nordestinas, uma vez q não existem ônibus municipais. Aí q uma musica do Frank Aguiar fez sentido..
Na rodoviária me informei de busao p/ Fortaleza (meu proximo destino) p/ logo em seguida negociar uma moto-taxi q me levasse ate o Pq Nacional 7 Cidades, a 20km dali. Havia a possibilidade de ter pego carona no busao do Ibama (q sai sempre as 7 da matina da pca principal, levando funcionarios), mas não era o caso; e como meu cronograma tava apertado mandei ver um moto-taxi mesmo, afim de otimizar tempo.


Desnecessário dizer q o rapaz pisou fundo no asfalto, o q causa um certo temor a quem não ta habituado a andar na garupa de uma moto. Meu "quase-consolo" era o incomodo capacete q disponibilizou p/ mim, item obrigatorio tanto p/ ele como pros "passageiros". Dose foi equilibrar minha cargueira nas costas! Ate ali a paisagem não mudara nada; uma faixa cinza riscando a desolada caatinga, composta de um emaranhado de arbustos e pequenas arvores retorcidas desprovidos de folhagem, tal qual uma floresta de galhos! Em seguida tomamos uma precária estrada de terra, onde me chamou a atenção um jabuti (!?) e um calangão q pareciam indiferentes à presença de veículos, na beira da estrada.
Após uma guarita - onde apenas deixamos nosso nome e paga-se taxa de entrada - e andar mais um trecho, chegamos no Cto de Visitantes, uma clareira já com alguma infra, onde muitos jovens guias aguardavam preguicosamente algum visitante. O parque recebe este nome por conta do conjunto de suas formações rochosas, q lembram ruínas de alguma cidade ou qq coisa q a imaginação possa sugerir. Como estas so podem ser visitadas na companhia de guia e distam consideravelmente, o próprio Cto oferece opções de como fazer o "Circuito 7 Cidades", q consiste numa trilha circular de quase 13km: a pé (sem chance, devido ao calor!), de veiculo (próprio!), e de bike, todas com prazo e duração entre 3/5hrs! Por exclusão, valor e disponibilidade de tempo optei pela bike, q pode ser alugada ali mesmo. Se vc extrapola seu tempo de visitação, paga a mais, portanto fiquei atento ao relógio, claro! Deixei a mochila no Cto e meu guia foi o Islando, um jovem piripirense q falava pelos cotovelos. E assim, meu "taxímetro" começou a rodar as 10:30!
Iniciamos a pedalada por uma estradinha de terra, q alternava trechos ora pedregosos - em sua maior parte, cascalho - ora arenosos. Nestes últimos, pedalar requer um certo know-how p/ evitar maior desgaste, q não era meu caso. No entanto, a maior parte do circuito acompanhei meu guia quase q logo atrás dele. Não deu nem 2km em meio à caatinga e logo alcançamos a primeira "cidade", neste caso a "6ª Cidade", cuja maior atração era a "Pedra da Tartaruga", uma enorme formação rochosa q de fato lembra o casco do lerdo réptil, principalmente pela presença infinitas fendas poligonais recortando a superfície da rocha, q pareciam ter sido meticulosamente talhadas pela erosão. Havia aqui tb a "Pda do Elefante" e "Pda do Cachorro", q só eram discerníveis vistas de longe, embora minha criatividade custa-se a ver tais bichos.


Mais 1 km de pedal, agora já numa área mais arborizada q sugere transição de caatinga e cerrado, atravessamos por baixo do "Arco do Triunfo", uma formação de 18m de altura q lembra um enorme portal e pelo qual quem pasasse tinha direito a um pedido, segundo meu guia. "Só não pode pedir ser rico, bonito e saudável!", emendou Islando. Pausa na "2ª Cidade", onde as atrações são a maior qutidade de inscricoes rupestres (de cor amarela) no parque, algumas muito curiosas tais como uma mão de seis dedos. Por conta disso e das formações rochosas, varias teorias extra-cientificas qto sua origem pipocam, tais como fruto de visitantes fenícios, vickings, atlantes e ate de extraterrestres. Ate o Islando ri dessas teorias, reafirmando q aquilo nada mais foi obra dos índios tabajaras, antigos habitantes dali. Já as "cidades" foram fruto apenas do vento, calor e das chuvas há 190 milhoes de anos. Perto dali, no "Sitio Pequeno" e na "Pda do Americano", encontramos mais pinturas rupestres feitas com oxido de ferro, isto é, de cor vermelha.



 
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