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BATE E VOLTA NO VALE DO QUILOMBO PDF Imprimir E-mail
Seção: Trekking - Categoria: Geral
Escrito por Jorge Soto   
Qui, 09 de Abril de 2009 14:51
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BATE E VOLTA NO VALE DO QUILOMBO
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Vale do Quilombo

BATE-VOLTA NO VALE DO QUILOMBO

Por Jorge Soto Fotos Bárbara Pereira

Não deu nem 2 semanas de ausência de Paranapiacaba q não resistimos à tentação de lá retornar p/ perscrutar outros rincões perdidos na mata q haviam deixado vastas possibilidades de nossa incursão anterior. Se naquela oportunidade haviamos apenas arranhado superficialmente as encostas verdejantes da Serra do Quilombo, desta vez a intenção seria descer de fato às corredeiras e poços do rio q lhe emprestam o nome. Isso resultou num árduo bate-volta, porém adrenado e bem gratificante. Afinal, não é qq um q tem joelho p/ descer (e subir, posteriormente) os quase 800m de desnível q separam o planalto da famosa vila inglesa e o sertão verde q abraca as margens do fantastico Rio Quilombo.

A previsão meteorológica se mostrara incerta durante a semana, razão pela qual não houve interesse geral nesse bate-volta planejado de última hora. Alem disso, a festança promovida à noite anterior apenas cunhava de razão quem ainda matutava o convite. Entretanto, c/ tds esses "poréns" (inclusive uma ressaca brava!) estava resoluto a voltar p/ serras de Paranapiacaba, ainda + contagiado pelo enorme interesse da Báh (apelido carinhoso da Bárbara) em me acompanhar pois nunca tinha pisado na ilustre vila inglesa, q por sua vez dista apenas 40km de Sampa.

Assim, saltamos as 8hrs numa RG da Serra envolta em brumas após cochilar boa parte do trajeto no trem. Os 20min de espera do busao passaram rapidamente e foram preenchidos beliscando guloseimas, brincando c/ trocentos vira-latas ou apenas ouvindo um bebum chato q encarnou na gente. O dia de fato não estava nada animador; nublado e c/ espesso nevoeiro, desestimulava qq passeio à região, e isso era visivel pois em Paranapiacaba não desembarcara nem meia dúzia de pessoas.

Atravessamos a passarela metálica observados por um "Big Ben" bocejando em meio ao "fog londrino", típico daqui, ate ganharmos as ruas q logo nos conduzem à bucólica "Estrada do Taquaruçu". Após o portal e a cancela do Parque Nat. Nasc. de Paramapiacaba, andando tranqüilamente por um caminho cascalhado decorado de lírios-do-brejo e maria-s/-vergonhas, os primeiros raios do sol despontavam espiando-nos através de fragmentos de céu azul! A iluminação matinal conferia um "quê" de onírico àquela simplória estrada, sensação aumentada c/ a "chuva" de pétalas dos ipês-amarelos esvoaçando à menor brisa em meio à revoadas de vistosas borboletas. A Báh se encantava c/ os efeitos da iluminação nas inumeras teias-de-aranha do percurso e merecedoras de mtos cliques de seu celular. Por sorte, a pernada oxigenara meus pulmões e a leve dor-de-cabeça da ressaca da noite anterior foi se diluindo conforme os passos eram dados. Uffaaa, menos mal!

Não tardou p/ deixarmos à estrada e, após a entrada da "Trilha da Água Fria", mergulhamos na mata fechada pela "Trilha da Comunidade". As chuvas dos últimos dias haviam deixado a picada bastante úmida e escorregadia, mas o frescor da mata foi + q bem-vindo qdo começamos o trecho árduo de subida, em ziguezagues, q esquentou o corpo e enxarcou nossos rostos. Dessa forma, após quase 270m de desnível, as 10hrs alcançamos a vasta clareira q marca o topo do morro, onde descansamos ao lado das ruínas da  "Comunidade", beliscamos alguma coisa e a Báh terminava de me contar suas peripécias no P. da Neblina. Contudo, as brumas haviam retornado c/ força total, dando ao local um aspecto de "Machu Pichu tupiniquim", já q ali tb - no alto da Serra do Mar - tb nalguma ocasião (não) mto remota habitara uma antiga comunidade. Mais cliques, lógico!



 
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