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CANOADA - UMA PONTE LONGE DEMAIS... - PÁGINA 3 PDF Imprimir E-mail
Escrito por Fabio Nogueira   
Seg, 23 de Março de 2009 20:29
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CANOADA - UMA PONTE LONGE DEMAIS...
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Acampamento

Voltando ao nosso acampamento: minha água havia acabado no meio da tarde; mas, contrariamente ao que já aconteceu em outras excursões, a água restante foi dividida irmãmente; fiquei com pouco mais de meio litro. Com isto não pude cozinhar, nem escovar os dentes; jantei um lanche frio e dormi com sede.

Acordamos cedo e após um breve café da manhã, resolvemos arrumar as canoas e esperar pelo resgate em uma pequena praia próxima, mais fácil de sermos encontrados.
Chegamos ao local as 8:30h e nos pusemos a esperar. Não havia nenhuma garantia de que ele realmente chegaria, pois muita coisa poderia ter acontecido aos dois que foram buscar os carros, inclusive não achar nenhum barco disponível, num espaço tão curto de tempo; mas, para nos, não havia alternativa a não ser esperar; sabíamos que o resgate não viria por
terra, só sobrava o rio. A água, novamente já tinha acabado.

O simples fato de esperar faz com que os minutos se alonguem e pareçam uma eternidade, a incerteza acrescenta uma boa dose de angústia à situação; porém, perto das 10:00 começamos a ouvir um barulhinho de motor e, depois de alguns minutos, surgiu por uma curva do rio o barco. Era o Marcelo. A sensação de alegria se mistura à de alívio, principalmente porque ele trouxe várias garrafas d'água, suficiente para saciar a sede de todos.

Passamos a maior parte da carga para o barco, para deixar as canoas mais leves e ágeis e nos pusemos a seguir o barco, que nos indicaria o caminho.

Curiosamente o caminho era exatamente pelas lagoas nas quais perdemos tanto tempo procurando; contudo, devido ao vento que arrasta os aguapés, os canais se fecham, impossibilitando a passagem. O barco, mesmo com um motor de popa de 25hp, tinha muita dificuldade em abrir caminho entre as plantas flutuantes. Tentávamos segui-lo o mais próximo possível, pois os canais rapidamente se fechavam, sendo que por mais de uma vez alguma da canoa ficou presa e teve que ser rebocada. Mesmo com o canal parcialmente aberto, o esforço exigido para fazer a canoa passar era enorme.

Depois de algum sofrimento, chegamos a uma grande lagoa aberta, que nos permitiu remar até um acesso, na beira da estrada, por onde tiramos as canoas e a carga e onde já estavam os carros.

Embora tenhamos chegado bastante perto, a almejada ponte
jamais foi atingida por nenhuma das canoas.

Cadê a ponte abrindo caminho

Fabio e Walter

Tormenta

Fabio Pupo Nogueira



 
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