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No alto do sentinela de angra - QUASE LÁ...NO TOPO!!! PDF Imprimir E-mail
Seção: Trekking - Categoria: Geral
Escrito por Jorge Soto   
Seg, 23 de Março de 2009 19:47
Índice do Artigo
No alto do sentinela de angra
MOSQUITOS, MATO, LAMA E PIRAMBA
QUASE LÁ...NO TOPO!!!
DOMINGÃO ENSOLARADO E A VOLTA
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frade3

QUASE LÁ...NO TOPO!!!
Descansados, continuamos pela trilha por apenas 20m e dali saimos pela esquerda, subindo agora bem forte por entre as arvores. A principio tem-se a impressão não haver trilha e q o caminho é intuitivo, mas não, logo depois a trilha fica nítida e evidente; a vegetação é bem aberta e as arvores bem espaçadas, basta procurar as marcações de faca ou fitas nos troncos. Não se surprenda se vc encontrar gaiolas ou restos das mesmas, lixo de caçadores. Finalmetne o 6º obstáculo, a piramba íngreme e forte atraves de raizes em meio a um belo jardim de crista, composto basicamente de grossos bambus secos e bromélias rasteiras, ora beirando enormes pedras pela direita. A subida é lenta, claro; alem de inclinada é escorregadia devido as folhas secas dos bambus, q forram o chão formando um tapete escorregadio. Vários pit-stops repõem o fôlego p/ ataque final. As pernas estão pesadas ate aqui, mas agora q falta tão pouco é q a empolgação nos dá a energia necessária p/ não 'morrer na praia'. Desde o inicio ate aqui andamos praticamente sentido sudeste.

13:45 chegamos no Mirante, mas infelizmente nada podemos ver a não ser o 'branco total e radiante' da nebulosidade de inicio de tarde, e muito menos a Pedra, 500m a nossa direita. Agora estamos definitivamente na crista (sentido sul/sudoeste) e continuamos subindo e descendo em meio aos bambus e bromélias q dominam a paisagem, e 15min depois alcançamos a base da Pedra propriamente dita. Agora basta contorna-la pela direita, ora nos afastando ora proximo dela, atraves do corredor de pedras menores q formam um ótimo local de bivaque ao pé da pedra-mor, com ótimos lugares planos e arenosos. Nesta subida pelas pedras é q Márcia viu, assustada, seu segundo 'felino': a base de uma garrafa pet enfiada num buraco.

Já quase dando a volta na pedra, a trilha desce um pouco e, marcada por uma panela (!?), a trilha torna-se mais íngreme, quase uma 'escalaminhada' vertical atraves de raízes, pedras, mata e alguma lama. Seria este o nosso 7º e ultimo obstáculo? Pois bem, agora fazíamos uso cauteloso de nossos dotes primatas, nos agarrando firmemente as pedras e utilizando raízes e forquilhas sobressalentes como degraus pouco confiáveis. Mas logo viria o ataque final, subindo atraves de uma 'escada' podre de madeira caindo aos pedaços. Imagine subir as escadinhas metálicas do Baú, porem de madeira podre..é isso!  Felizmente haviam algumas cordas q auxiliavam a escalada dispensando degraus menos confiáveis, carcomidos pela umidade e terra ao redor. Este trecho exigiu mais dos braços do q pernas, isto é, um sufoco pra Márcia. Ao menos a brisa vinda do litoral refrescava o suor escorrendo em nossos semblantes tensos.

Transposto este obstáculo foi so alegria, pois logo estávamos na face oeste do topo rochoso, após passar algumas matacoes de bromélias, samambaias e uma aderência de rocha. Sao 15hrs, mas o tempo maldito não permitiu nenhum visu, apenas ameaçando com fina garoa. No entanto, com visu ou sem, estávamos felizes por termos chegado ate ali! Serpenteando a mata, num piscar de olhos alcançamos a face leste do topo, marcada por uma clareira razoável em meio aos arbustos, onde armamos as 2 barracas confortavelmente. O chão, qdo não é rochoso, é formado por uma espécie de húmus, ou seja, era mole, não firmando direito os espeques da barraca. Mas o q nos chamou a atenção (e indignação) foi encontrar em meio aos arbustos, uma pilha de panelas enormes (!?) usadas e mtas formigas!

Após um breve lanche seguido de descanso, eu e o Guto fomos dar uma explorada no topo, nos enfiando nas brechas das rochas, emergindo em meio as matacoes, noutros pontos menos visitados do topo. Destaque p/ uma bela flor vermelha, típica de altitude. Depois disso, ficamos enrolando na barraca, na preguiça mesmo. Ainda mais quando la fora a fina garoa volta c/ mais intensidade quase q definitivamente, obrigando-nos ao ócio mais justificado do mundo.

Não deu nem 18hrs e já preparei minha janta: miojao engrossado com ervilha e carne de soja temperada com shoyu. Uma delicia! Depois disso me enfurnei no saco de dormir afim de repor o cansaço e dormir de vez. À noite - friazinha - acordei varias vezes devido ao forte vento q sacudia a barraca, mas me chamou a atenção o som inconfundivelmente difuso de uma batida funk (Credo! Seria o 8º obstáculo?) próxima. De madruga, ao sair pra 'toalette', notei q o forte vento dera trégua e limpara todo o céu, e q o mesmo estava estupidamente coalhado de estrelas!! Guto contou posteriormente q ele e Marcia ficaram contando estrelas cadentes naquela noite. Lançando o olhar  p/ sudeste, as luzes de Angra, Ilha Gde e td mais!!! Era bom demais p/ ser verdade! O domingão seria maravilhoso e isso driblava facilmente o sono e o cansaço!



 
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