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DOBRADINHA NOS ALTOS DE MAIRIPORÃ PDF Imprimir E-mail
Seção: Trekking - Categoria: Geral
Escrito por Jorge Soto   
Seg, 24 de Outubro de 2011 22:18
Índice do Artigo
DOBRADINHA NOS ALTOS DE MAIRIPORÃ
Página 2
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A apenas 38km da capital paulista, Mairiporã era mais uma daquelas cidadezinhas próximas à urbe q até este ultimo fds
conhecia apenas de nome e poderia ser bem uma extensão da Grande São Paulo não fosse estar separada da capital pela
Serra da Cantareira. Pois bem, a tal “cidade bonita” (em tupi) tem quase 80% de sua área transformada em Área de
Proteção de Manaciais, q além da Cantareira abrange o Vale do Rio Juqueri, resultante da represa responsavel por boa
parte do fornecimento de água da capital. E é nestas duas regiões q existem várias opções de programas aventureiros
sussas e tranqüilos, sejam eles de carro, cavalo, moto, barco, cordas ou até mesmo a pé. E a Pedreira do Dib e o Pico
Olho D´Água são apenas dois deles.

Sempre julguei Mairiporã como “patinho feio” de Sampa, com programas aventureiros “urbanos” demais pro meu gosto. Por
conta disso nunca tive interesse algum em meter as caras por lá, afinal não há nada de novo a ser “descoberto” naquelas
bandas no quesito pernadas. Em contrapartida, com o tempo virando tanto na Serra do Mar como na Mantiqueira neste fds -
zicando minha programação original – tive q apelar.  Resoluto a não permanecer em casa caso contrário iria surtar, tava
aí a desculpa pra conhecer aquela região até então renegada a “última opção” q se pelo menos não tem nada novo a
oferecer, ao menos divide com Sampa a bela Serra da Cantareira onde pelo menos se respira algo de ar puro e oferece
algum visu de pequenas montanhas, mesmo q domésticas. É, o mundo da voltas e voltas..
Munido com um estoque quase nulo de informações e me fiando daquela máxima q diz “Quem tem boca vai a Roma”, desci no
Metrô Tucuruvi as 6:20 e me dirigi ao terminal rodovoário, bem ao lado. É, não tendo planejado nada e mto menos sem
saber da duração das distâncias envolvidas o jeito foi sair bem cedo afim de otimizar qq atraso do rolê. Bem,
perguntando de busos sentido Mairiporã imediatamente embarquei no “1783-21 Cachoeira”, de horários regulares, onde
deixei o cobrador de sobreaviso pra qdo chegasse “perto” da Pedreira.
Assim o busão rasgou os meandros da zona norte da cidade naquela manhã cinza de domingo, q ainda vomitava os refugos da
boêmia da paulicéia desvairada. No Tremembé, tomou a interminável Av. Cel Sezefredo Fagundes e seguiu em direção à Serra
da Cantareira, acompanhando à distancia a Fernão Dias (BR-381), rodovia q interliga Sampa à mineira “Beozonte”. Qdo
começou a bordejar a serra sinuosamente ainda pela mesma avenida, as 6:45hrs o cobrador me disse q já era hora de saltar
do coletivo.
Pois bem, e foi o q fiz. Saltei numa região até bem feinha, diga-se de passagem, mais precisamente no cruzamento da Av.
Sezefredo com outra rua q descia do interior da serra, onde uma placa indicava laconicamente ser sentido do Nucleo
Engordador do Pq da Cantareira. “Putz!”, pensei, já achando q tinha descido antes do previsto, ou seja, no pto errado.
Dito e feito, perguntando prum morador q praticava seu jogging matinal, o cobrador entendera errado e confundiu Pedreira
com Parque Estadual. Dane-se. Contudo, conforme as infos do mesmo senhor bastava apenas seguir avenida acima, algo de
6km avulsos. Bem, fazer o q, né? Afinal, a idéia era caminhar mesmo. Aproveitei a parada pra passar numa pequena
mercearia e tomar um pingado com um pão na chapa, e na sequencia coloquei pé-na-estrada, literalmente. Num piscar de
olhos e após menos de 1km percorrido, alcancei o pto final do coletivo em q viera, um lugar chamado Clube Alpes, na Rua
dos Cântaros, travessa da avenida principal. Daqui bastava tomar uma van circular, “Cachoeira-Dib”, de horários
regulares, q vai direto pra pedreira. Mas como já tava com corpo quente decidi abrir mão dessa facilidade de transporte
e terminar o trajeto a pé mesmo.
Assim começou “oficialmente” minha caminhada naquela manhã, q dava sinais de gorar com uma fina garoa fustigando o rosto
mas q felizmente ficou somente na ameaça. A medida q avançava, serpentenado estrada acima sentido nordeste, casas e
sitios começaram a rarear e a vegetação começou a me envolver de tal forma q o som ambiente foi totalmente preenchido
pelo canto de pássaros, alem, claro, dos veículos transitando na Fernão Dias, nalgum canto à minha direita, ao longe. 
Olhando pelas frestas da mata via os morrotes serranos parcialmente envolvidos por um fino brumado, de onde um tímido
sol parecia ensaiar seu debut de forma comedida.
Ao atingir o alto da serra a estrada faz uma curva sentido noroeste e passa a percorrer a crista florestada em nível.
Trechos desbarrancados, mtos deslizamentos de encosta, despachos e macumbas à beira de estrada foram as coisas q me
chamaram a atenção neste bucólico trecho da avenida, q aqui já passa a ser chamada  de “Estrada Velha de Bragança”. O
som da algazarra de macacos em algum fundo vale se faz presente, assim como a cautela em não ser atropelado pelos poucos
veículos q passaram por mim naquele inicio de manhã.

 



 
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