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TRAVESSIA DA SERRA DA PEDRA AGUDA - Página 2 PDF Imprimir E-mail
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Escrito por Jorge Soto   
Qua, 24 de Agosto de 2011 12:56
Índice do Artigo
TRAVESSIA DA SERRA DA PEDRA AGUDA
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Uma vez no selado topamos com uma arvore gigantesca, bem no estilo "Avatar", q a Débora fez questão de abraçar. Agora basta subir a íngreme piramba pro Galinzé, sempre acompanhando uma cerca de arame farpado pela direita. E tome subida! O chão se esmirilhando fazia com déssemos um passo e retrocedêssemos dois! Mas após o trecho pirambeiro fomos tendendo a ladear o morro pela direita até q a picada se perdeu por completo! Dali pra frente seria varação de mato bem agreste e ruim. Opa, alguma coisa errada! Retrocedi um pouco e percebi q havíamos passado desapercebidos a ultima marcação da picada. Uffaa! Realmente, o pessoal do Clube Montês Itajubense fez um ótimo trabalho de marcação e sinalização da trilha pois aqui não tem como se perder, uma vez q vereda acompanha sempre a crista principal.
Pois bem, após esse único perdido saltamos a cerca pra esquerda e retomamos nosso caminho no sentido correto, pro sul, agora subindo o restante da montanha de forma suave e desimpedida. Desembocamos no alto dos 1140m do Galinzé, as 12:50hrs, e após descer novo selado de pasto e breve subida, nossa marcha mergulha novamente na mata atraves de uma estreita e fina crista cercada de farta vegetação, cada vez mais verde e menos seca, ganhando altitude suavemente. Qdo finalmente emergimos no aberto, a subida embica de vez e nossa ascenção se dá atraves de rocha após rocha. Pedra após pedra. Ou seja, escalaminhada pura. O céu nubla avisando desabar na forma de alguns respingos, mas td não passa de ameaça q apenas refresca nossos semblantes, àquela altura já bastante suados. Olhando pra trás temos uma bela vista de td crista percorrida, assim como de Itajubá, bem minúscula lá atrás.
Os 1240m do cume do Pico do Galo são conquistados as 13:20hrs, onde jogamos as cargueiras no capim fofo afim de descansar, molhar a goela e beliscar um lanche. Uma gde clareira cercada de vegetação alta oferece acampamento seguro pra umas 4 barracas, bem apertadas. Reparando q nosso avanço está mais ágil, rápido e satisfatório q o previsto, abandono a idéia original de pernoitar ali tocando direto pra estacionar de vez na Aguda. Um urubu plana sobre a gente, quiçá atraído pelo cheiro de carniça facil, sinal q nosso estado não devia ser dos melhores.
Retomamos a caminhada descendo atraves de uma vereda bem íngreme, com mato invadindo a mesma em boa parte do trajeto, até desembocar no selado sgte dominado por um enorme pastado. A partir daqui basta acompanhar a cerca indo pro sul, de onde vislumbramos perfeitamente nosso próximo pico, o Pirâmide, unido à Pda Aguda por uma abaulada e florestada crista. No final da cerca a mesma intercepta outra q vem de baixo, mas aqui pulamos a cerca e mergulhamos outra vez na floresta, acompanhando a picada principal. Aqui a densa floresta se funde a muito bambuzal seco e em mais de uma ocasião a picada aparenta se perder, mas basta buscar a marcação das fitas q a trilha é encontrada logo adiante. Tb é preciso ter cuidado com uma cerca de arame farpado onipresente q, em meio a mata, rente ao solo e quase invisível, pode fatiar as incautas canelas desprotegidas.
Emergimos então noutro enorme descampado, já quase ao sopé do Pirâmide. Pois bem, daqui tem q subir o pasto indo de encontro da lateral esquerda de uma florestinha, sentido sul. Procurando bem reencontramos as marcações em meio a muito capim-gordura e, finalmente, a trilha, q logo nos leva a sucessivas rampas de pedra de facil ascenção, nas quais ganhamos altitude num piscar de olhos. Neste trecho não há fitas mas existem vários totens de pedra indicando a direção correta. Assim alcançamos o amplo e largo cume florestado do Pirâmide, tb chamado aqui de Morro Grande, as 14:50hrs. Do alto de seus 1530m é possível ver td caminho percorrido, agora maravilhosamente iluminado por um sol ameaçando despontar entre as nuvens. O verde escuro das florestas nas montanhas contrastando com o capim dourado das colinas é digno e merecedor de inúmeros cliques.
A partir daqui nossa rota desvia pra sudoeste, acompanhando sempre uma abaulada crista florestada. O trecho inicial é meio confuso, com voçorocas de capim alto e um samambaial seco invadindo a trilha, o q pode gerar incerteza. Mas procurando a sinalização de fitas não tem erro, q a trilha é reencontrada logo adiante. Após este trecho confuso fica bem tranqüilo, e o avanço se torna bastante agradável em meio a um bucólico bosque. No caminho, frestas na mata permitiam avistar a montanha pontuda q tencionávamos atingir, fazendo jus ao nome de Pedra Aguda, ao mesmo tempo em q o chiado de um gavião ecoava na mata, reclamando da nossa intromissão em seu habitat.



 
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