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SUBINDO O PICO DO GAVIÃO PDF Imprimir E-mail
Seção: Trekking - Categoria: Geral
Escrito por Jorge Soto   
Seg, 30 de Maio de 2011 19:31
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SUBINDO O PICO DO GAVIÃO
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"Ainda subo esse pico aí!", dizia sempre pra mim td vez q passava num trecho da trilha rumo o alto Rio Sertãozinho, região serrana de Mogi das Cruzes. Td pudera, a picada bordejava o sopé de um enorme serrote q, a despeito de sua altura acanhada se comparada a montanhas mais "famosas", eleva-se imponente sobre o planalto mogiano coroado por dois cocorutos rochosos q despertaram minha atenção à primeira vista. Intenções de exploração do alto dos seus quase 1030m de cume logo inundaram minha mente e, portanto, a realização da trip era pura questão de tempo e disponibilidade. Depois soube q a montanha tem o nome de Pico do Gavião e, integrando o cjto de pedras significativas dos arredores (como a Pedra do Sapo, Esplanada e Garrafão) essa desfeita de curiosidade foi arrematada de vez neste ultimo domingo. Resultado: um belo bate-volta pauleira com vara-mato íngreme  e algum senso de direção q é recompensado pelo visu privilegiado tanto da baixada de Bertioga como de boa parte dos atrativos à margem da SP-98.

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O manhã de domingo estava radiante e nenhuma nuvem maculava o céu azul qdo pusemos o pé no asfalto da Mogi-Bertioga, as 9:10. Imediatamente eu, Carlos e Myrna pusemo-nos a caminhar os menos de 3km q nos separavam da entrada  da estrada rumo à casa do folclórico Seu Geraldo, gde matuto conhecedor da região. Caminhada esta q nunca foi tão animada e empolgada pela prosa dos causos da trip anterior em comum.
Meia hora depois deixávamos o asfalto pra entrar na precária estradinha q dá acesso á casa do Geraldo, chapinhando entre poças e brejo, caminho já percorrido inúmeras outras ocasiões e q dispensa maiores descrições. Entretanto, destaco algumas ressalvas q são novidade até pra mim: o inicio da estrada foi alargado de tal modo q erodiu o mato ao redor e o trecho do primeiro rio foi aterrado de modo a q agora circulam veículos pela estrada, o q leva á conclusão q devem estar circulando caminhões de reflorestamento novamente. Mas o q mais me intrigou foi o lixo espalhado até a cassa do Geraldo, esta por sua vez td revirada e escancaradamente com as portas e janelas abertas!? Teria ele sido despejado? Fica ai a dúvida, já q não encontramos o simpático senhor na ocasião.
Dando continuidade á caminhada, a estrada logo se estreitou até se tornar uma razoável larga picada tomada por brejo, serpenteando a verdejante mata do planalto, sempre sentido leste com declividade imperceptível. Trechos do antigo calçamento de pedras denunciam um antigo e intenso tráfego na vereda, movimento q atualmente se limita ao de andarilhos como a gente. Mas após cruzar o discreto acesso norte à Cachu Light e passar pelo pontilhão sobre o Rio do Lobisomem, as 10:30, ganhamos um pequeno descampado onde já podemos avistar nosso destino. O Pico do Gavião surgia majestuoso a nossa frente com seus caracteristicos cocorutos apontando pro céu.
A picada então segue em direção do pico inicialmente indo pra sudeste mas depois vira abruptamente pro norte, indo de encontro ao sopé da montanha, onde chegamos a exatas 10:53. Breve pausa pra descanso, retomada de fôlego e lá vamos nós, avançando por uma discreta picada parcialmente tomada pelo mato, sentido norte, onde inconvenientes carrapitchos vão se agarrando à roupa. Este inicio é relativamente um porre devido à mata espessa, o chão lamacento e troncos atravessados, mas aos poucos a pernada abranda. Logo reparamos q a vereda é uma pequena vala q integra o q já fora uma antiga estrada (reflorestamento de eucalipitos?), dado o visivel corte vertical na encosta q vamos bordejando. Algumas fundações de concreto engolidas pela mata corroboram essa hipótese. Subindo suavemente e desviando de troncos, mata tombada e emaranhados de taquarinhas espinhentas não demora a declividade apertar e a "estrada" sumir de vez. E aperta mesmo. O chão de terra, úmido e escorregadio nos obriga a segurar em troncos e vegetação e assim avançar piramba acima.



 
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