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A MACHU PICCHU DE PARANAPIACABA PDF Imprimir E-mail
Seção: Trekking - Categoria: Geral
Escrito por Jorge Soto   
Seg, 30 de Maio de 2011 19:20
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A MACHU PICCHU DE PARANAPIACABA
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A Comunidade é decididamente a Machu Picchu de Paranapiacaba. As inúmeras trilhas da vila inglesa td levam a um dos seus maiores mistérios, no caso, um punhado de gdes pedras amontoadas no alto da serra das quais há muita controvérsia c/ relação à sua origem. Antiga seita religiosa? Remoto abrigo riponga? Refúgio pra perseguidos pela ditadura ou mero acampamento dos colonos da região? Não se sabe, o fato é q as ruínas estão situadas no alto de um serrote cuja estreita crista se espicha sentido sudoeste, possibilitando uma caminhada por td sua extensão ate alcançar as gdes torres em sua outra extremidade. Pernada curta e algo perrengosa, onde à semelhança da Travessia da Serra dos Poncianos (São Fco Xavier) o bom senso e uma bússola são mais q suficientes pra unir dois dos maiores atrativos da pitoresca vila inglesa.

 

 

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Uma inconveniente dor-de-cabeça devido à ressaca da noite anterior me segurava às cobertas e a tentação de "dar cano" à trip falava alto. Tb pudera, o sábado havia sido bastante movimentado e regado a bebedeiras entre encontro com sobrinhos e uma longa noitada com amigos. O dilema do bom  trekkeiro sempre diz q ou se curte o dia ou a noite, e comigo nunca foi diferente. No entanto há exceções, claro. E elas vem no formato da promessa de um domingo escancaradamente maravilhoso e de bom tempo. Dane-se a ressaca, "Engov" nela. Como me conheço bem, prefiro me arrepender do q fiz ao q deixei de fazer.
Sendo assim e meio cambaleante de tão sonolento q tava, eu e o Clayton saltamos em Paranapiacaba as 9hrs. A manhã fria era gentilmente agraciada por um sol lindo começando a espiar atrás do enorme serrote q guarda e é o sentinela q guarda a vila a seus pés. Por falta de informações chamei esta sucessão de morros de "Serra da Comunidade", uma pequena cadeia q se estende sentido sudoeste, onde destoam torres de telefonia (televisão ou radio, sei lá) apontando prum céu azul despido de qq nuvem. Poderia chamá-la de "Serra das Torres", mas optei pela primeira alcunha em função q numa de suas extremidades se encontra uma das maiores atrações e mistérios da vila inglesa. Se alguém souber o nome dessa serra por favor me corrija. E é pra la q nos dirigimos agora.
Após conversar rapidamente com a simpática Dna Francisca e subir até o cpo de futebol, dobramos à esquerda tomando uma rua q nos leva à Estrada do Taquarussu. Antes, porem, uma pausa num "mirante" de onde se tem uma bela paisagem da vila, do outro lado da serra. Na estrada e após passar pelo portal q oficializa nossa entrada ao Pq Natural Nascentes de Paranapaicaba, palmilhamos s/ pressa em meio à farta e exuberante vegetação q orna aquele bucólico caminho, principalmente belos exemplares de lírios-do-brejo, ipês, quaresmeiras e lírios. O clima de descontração geral é tamanho q nem percebemos passar pela guarita local, logo depois, onde o único guarda responde cordialmente nosso aceno de "bom dia!".
A caminhada é agradável e não demora pra deixarmos a estrada em favor de uma picada pela esquerda, onde o Clayton me leva a uma tal "Cachu dos Namorados", onde se chega em menos de um minuto. De cachu não tem nada uma vez q é uma captação de água onde um cano despeja o precioso liquido q vem do alto da serra. Pode não ser uma grandiosa queda dágua como anuncia o nome, mas é uma boa alternativa perto da vila pra se refrescar ou molhar a goela num dia de sol quente.
Voltando pra estrada damos continuidade à pernada e num piscar de olhos nos vemos já na região do Circuito da Água Fria, as 9:30. Abandonamos a estrada e, através de uma picada bem batida, acompanhando o plácido córrego da Água Fria, ora de uma margem ora de outra, saltando de pedra em pedra ou beirando a mata ciliar do entorno, subindo imperceptivelmente. No caminho, o Clayton me mostra onde numa ocasião ele e uns amigos encontraram um cadáver jogado no bucólico córrego. Credo.

 



 
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