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O POÇO DAS ANTAS DO GUACÁ PDF Imprimir E-mail
Seção: Trekking - Categoria: Geral
Escrito por Jorge Soto   
Seg, 23 de Maio de 2011 20:15
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O POÇO DAS ANTAS DO GUACÁ
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anta1O Rio Guacá é mais um dos inúmeros cursos dágua q despencam planalto abaixo em meio à exuberância da Serra do Mar paulistana rumo litoral. Juntamente com o Sertãozinho, é um dos gdes tributários q somados formam o majestuoso Rio Itapanhaú, conhecido de tantas outras ocasiões. O Guacá sempre atiçou minha curiosidade e a exploração do seu acidentado e sinuoso trajeto era mera questão de tempo. E pra descortinar seus tortuosos meandros nada melhor q começar com um bate-volta dominical num dos seus atrativos pouco conhecidos, o Poço das Antas, um bucólico piscinão escondido na mata q marca o final do curso manso do rio e inicio de sua acidentada jornada rumo Bertioga.
Nem mesmo o atraso causado pelo relapso em esquecer de tomar o sagrado bus das 8:20 diminuiu nossa empolgação da trip. Pelo contrario, juntamente com outra galera q aguardava o mesmo coletivo pra ir pra outro atrativo da Serra do Mar mogiana - no caso, a Cachu Furada -  passamos o tempo na rodoviária de Mogi entre uma conversa e outra, porém resignados em saber q nosso cronograma pra aquele domingo ensolarado não permitia falhas. Explico: nosso destino era beeem distante dos rolês habituais pela região; ninguém havia pisado nele; e as  poucas infos q dispúnhamos vinham do folclórico Seu Geraldo, tradicional matuto local.

 

 


Qdo o latão partiu as 9:40, eu, Clayton, Fernando, Lucilene, Leo e Carlos nos acomodamos nos bancos empoeirados do coletivo e zarpamos rumo à SP-98, mais conhecida como Rodovia Mogi-Bertioga. Saltamos no km77 q assinala o pto final da Balança e lá nos juntamos ao Fabio, Vivi e Gabriel, q la nos aguardavam já a um bom tempo.
Sem perda de tempo pusemo-nos a caminhar pelo asfalto pois a jornada ate o inicio da trilha era longa, mais precisamente distante uns 7km dali. Apesar de numeroso nosso grupo ate q andou bem rápido, e as 11hrs já cruzávamos os limites municipais de Bertioga e Biritiba-Mirim, depois te nem ter reparado nas entradas pra Cachu Furada e pra Trilha do Itapanhaú. Descendo a serra suavemente tive uma breve pausa no km82 pra minha primeira fotografia, no caso, um mirante com bela vista de Bertioga reluzindo numa costela espremida pelo azul do mar e o verde da serra. Cruzado o Rio Sertãozinho e o Monumento da Bica d´Agua, percebemos q a estrada faz a curva rumo pra esquerda, agora ao lado das encostas serranas cada vez mais verticalizadas por onde escorrem constates filetes dágua. E logo numa curva um imponente vale se descortina onde a silhueta nas montanhas ao seu redor faz um gigantesco "V" q se destaca da geografia local. Esse vértice assinala o Vale do Guacá, cuja ponte cruzamos as 11:50, no km85. Já do alto podemos ver o furioso rio despencando em varias cachus e poços sob a gente, aperitivo pro q viria a seguir. O sol do meio-dia brilhava forte e minha ânsia por um banho naquelas águas  era partilhada por td galera.
Cruzada a ponte de concreto, demos um jeito de saltar a mureta e cair numa picada q desceu ate baixo da mesma. Uma vez la reparamos q alguém vivia literalmente "em baixo da ponte", provavelmente algum ermitão q no momento não se encontrava ali. Mas era incrível em como havia organizado td numa aparente cozinha em tão exíguo espaço, na forma de uma pia com captação, um pequeno pomar e um rústico "fogão" a lenha dividindo espaço com pilhas de garrafas de pinga (vazias, infelizmente), louças, latas vazias e algum lixo.
Pois bem, desta "residência" parte uma trilha q sobe a encosta da serra bem forte, numa inclinação quase vertical. E la vamos nos, ganhando altura rapidamente na base da escalaminhada em meio à mata, com o suor começando a escorrer farto no rosto. No exato momento em q a subida aparenta nivelar em pequenos ombros serranos  - onde sinais visíveis de acampamento surgem - ela ressurge implacável, aos ziguezagues, atraves de emaranhados de raízes no chão q servem de escada, tal qual a "Trilha do Itapanhaú". O pessoal ameaça varias vezes parar pra descansar mas eu e o Carlos não permitimos esse privilegio, pois temos q recuperar o tempo perdido na rodoviária, do contrario a volta seria no escuro e isso tava fora de cogitação.

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