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O POÇO DAS ANTAS DO GUACÁ - Página 2 PDF Imprimir E-mail
Seção: Trekking - Categoria: Geral
Escrito por Jorge Soto   
Seg, 23 de Maio de 2011 20:15
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O POÇO DAS ANTAS DO GUACÁ
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Mas eis q a subida tem fim e agora a caminhada fica mais amena e agradável e se dá ora pela encosta ora pela crista serrana, com mato caindo de ambos os lados. Mas não demoram a surgir bifurcações (e muitas) onde nosso bom senso sempre dita manter-nos sempre na mais batida (nordeste), na q se mantenha em nivel e acompanhe o agora fundo vale do Guacá, cujo trovejar é audível da encosta q perambulamos, porem bem baixinho. No caminho surge mta mata tombada e vários mega-deslizamentos, dos quais desviamos intuitivamente por meio de picadas improvisadas justamente pra este fim até cair outra vez na vereda "principal", por assim dizer. O bom é q água é o q não falta no caminho pq sempre tem algum correguinho cristalino pronto pra molhar a goela ou abastecer o cantil menos favorecido.
A caminhada então se mantem nesse mesmo compasso durante um bom tempo, através de cristas ou encostas sentido nordeste. Após cruzar por um acampamento de palmiteiros aparentemente abandonado, a picada ameaça desviar do vale mas apenas contorna desniveis maiores à nossa esquerda pra logo retomar o rumo desejado. Mas logo nos vemos perdendo altitude, inicialmente numa crista descendente e depois em meio uma funda vala erodida no q parece ser o meio da serra.
Enfim, as 13:30 desembocamos numa larga clareira no planalto, as margens do Guacá q aqui corre mansamente e nem lembra o raivoso rio lá de baixo. Aqui tb havia outro acampamento de palmiteiros ( ou caçadores, sei lá) abandonado, porem de proporções maiores. Lonas dispostas numa estrutura precária de bambu dividia espaço na clareira com muito lixo, um pé-de-limão e sinais antigos de fogueira. Seu Geraldo havia nos alertado desta gente, q abre muitas trilhas nessa regiao q acabam confundindo quem trafega pela principal, isto é, a q sobe ate o planalto.
Pois bem, da clareira a picada aparentava continuar acompanhando o Guacá, rio acima. No entanto, como nosso objetivo é o Poço das Antas deixamos a vontade de prosseguir por ela pra outra ocasião. Sendo assim e pelas infos q dispúnhamos, bastava acompanhar o manso rio sentido asfalto, agora ate o pto onde ele começava a despencar serra abaixo, em tese. Retrocedemos então um pouco pela picada q viéramos afim de encontrar alguma bifurcação rente ao rio e bingo, encontramos. Dali foi so seguir sem dificuldade por ela, ora margeando ora afastada do Guacá, q marulha placidamente agora à nossa direita. As vezes o mato parece fechar e a trilha se perder, mas logo ela ressurge mais adiante, não tem erro.
Após cruzar pelos restos de uma antiga barragem, eis q as 13:50 finalmente desembocamos na praia fluvial e pedregosa do Guacá q atende pelo nome de Poço das Antas. As infos batiam e as fotos da internet tb, ou seja, missão concluída! O local é um charme, isolado de td e tds em meio ao coração da Serra do Mar. O Guacá aqui corre manso represando vários piscinões de diversas profundidades em meio aos rochedos, pra logo em seguida iniciar sua encachoeirada e furiosa jornada rumo o litoral. O GPS do Fabio marca 650m de altitude, e é nesse plácido remanso q finalmente nos presenteamos com uma longa Prada pra descanso, lanche e contemplação. O tão almejado tchibum não foi esquecido, com exceção da Vivi, Lu e alguém q trajava uma blusa azul ostentando "Leozinho", lagarteando nos lajedões.
Nos regateávamos de sandubas, salgados, frutas, sucos e bolachas enqto o Fabio colocava o fogareiro pra ronronar qdo de repente um negrume tomou conta do céu e nuvens ameaçadoras pairavam sobre a gente. Alguém lembrou-se de verificar a previsão pra aquela tarde? Q nada. Primeiro começaram pingos minúsculos aqui e ali, q ignoramos solenemente, mas logo depois desabou uma chuvarada q nos pegou tão de surpresa q ensopou num piscar de olhos até quem não se aventurou a entrar no rio. Hora de voltar. Nosso plano inicial era descer pelo rio, mas com a chuva ele foi imediatamente descartado pq naquelas condições era tremendamente perigoso. Ficava pra próxima.
Sendo assim, nos protegemos o qto podiamos embaixo das arvores afim de nos preparar pra voltar pelo mesmo caminho, já q nossa exploração havia terminado e a missão, cumprida. Sendo assim retomamos a pernada chapinhando td a volta. A trilha transformara-se num verdadeiro rio diante daquele inesperado temporal q nos deixara feito pintos molhados num instante, e caminhar rápido era a única maneira de esquentar o corpo, espantando o fantasma do frio q ameaçava dar as caras.

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