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SERRA DO MEIO: DE VOLTA À “TRILHA DO ASSALTO” - Página 2 PDF Imprimir E-mail
Seção: Trekking - Categoria: Geral
Escrito por Jorge Soto   
Qui, 31 de Março de 2011 02:19
Índice do Artigo
SERRA DO MEIO: DE VOLTA À “TRILHA DO ASSALTO”
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Pois bem, daqui começava de fato uma descida de serra bem íngreme e a trilha foi perdendo altitude rapidamente em meio a muita desescalaminhada. Troncos, galhos e pedras serviam de agarras dando as mãos tanta importância qto os pés, ate desembocar em níveis serranos cada vez mais íngremes e dar num ombro rochoso cercado de mata q representou o fim da linha pra gente. A partir dali não havia mais trilha e, em tese, a continuidade do trajeto se dava através do leito pedregoso do rio, pelo qual agora corria o triplo de água costumeira com força suficiente pra moer td mundo num piscar de olhos.. Enormes e furiosas cachoeiras despencavam ao nosso lado impondo sua presença, e assim sucessivamente rio abaixo. Olha, até poderíamos ter tentado prosseguir mas seria arriscado demais. Na pior das hipóteses não conseguiríamos retornar. Fim da linha mesmo.
Pra não escalaminhar td novamente resolvemos explorar uma picada avistada na íngreme encosta e la fomos nos, varando mato e nos firmando na vegetação à disposição até alcançar a mesma. Uma vez nela ganhamos uma crista florestada ingreme com mato caindo de ambos lados q bastou subir. Subida está dificultada pelo chão de terra molhado q nos obrigava a dar um passo enqto retrocedíamos dois, escorregando. Firmar na mata? De forma alguma, uma vez q era td formada de xaxim e troncos espinhentos, o q não nos livrou de tombos e capotes. Mas qdo o terreno arrefece, logo acima, terminamos dando num bem-vindo ombro serrano onde havia outra clareira porém mais isolada e afastada do rio. Infelizmente tb havia vestígios de lixo -entenda-se restos de barraca, latas e garrafas de pinga - mas o local era mto mais simpático q a outra clareira ao lado do poção, embora desprovida de água. Dali partia uma trilha q acompanhamos um pouco mas terminou não dando em lugar nenhum, nos obrigando a retornar.
A chuva engrossou consideravelmente assim como o rugido das cachus no vale ao lado. Foi ai q caiu a ficha q deveríamos retornar imediatamente, pois havia q cruzar o rio varias vezes e corríamos o risco de ficar ilhados ali caso o volume não permitisse cruzá-lo. Apressadamente cortamos caminho ate a picada principal, q agora era um riacho só, através de outra q logo desembocou próximo do poção, e dali fomos costeando o ribeirão de horas atrás, q de fato tinha seu volume de água redobrado. Preocupados com os trechos de travessia, avançamos pela margem, agora com água quase na cintura, até q enfim veio a primeira travessia. Vagarosamente cruzamos ao outro lado, sentindo a força do rio batendo na gente e por esta razão havia q saber bem onde pisar, manter o equilíbrio e dali dar o próximo passo. Mamute, sendo mais pesado foi na dianteira, dando à mão pros demais na sequência. E assim sucessivamente fomos alternando as margens. "Meu, esses moleques fumados tão ferrados se pensam voltar hoje ainda!", pensamos.

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