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As 10:10hrs alcançamos a famosa "bifurcação das bananeiras" e tocamos pra esquerda, q nos leva de fato pro Vale do Quilombo. Após cruzar um riachinho, subir uma nova encosta, cair num topo de serra e tomar à esquerda noutra bifurcação, era a partir dali q começava a descida ao fundo do vale propriamente dito, onde o som do furioso rio já era perfeitamente audivel. Inicialmente suave em ziguezagues pela encosta pra depois tornar-se beeem íngreme em meio a uma crista evidente, ali foi onde perdemos altitude num piscar de olhos. Em tempo, fomos deixando marcações de plástico na vegetação neste ultimo trecho pirambeiro caso retornássemos pela mesma trilha, uma vez q ali a picada não era assim tão obvia por estar em desuso e quase q tomada plenamente pelo mato. Felizmente essas marcações não foram necessárias. Desembocamos às margens do Rio Quilombo a exatas 11hrs, e nas enormes pedras q ornam seu leito tivemos um merecido pit-stop tanto pra descanso como pra lanche. O Totó tb ganhou sua recompensa, sob a forma de pedaços de bisnaga e de barras de cereais. Felizmente estávamos num setor do rio q parecia ser divisor de declividade, pois a partir dali ele despencava bem íngreme e mto mais acidentado serra abaixo. Como nossa intenção era subi-lo até suas nascentes ao norte, aparentemente isso seria mto mais facil por estarmos já num setor de planalto com pouca variação de altitude. E embora minha única preocupação real ser do Murilo ter se queixado de dores no pé durante a descida ao rio, o q poderia atrasar a subida propriamente dita, decidi irmos ate o fim da nossa trip proposta. E seja o q Deus quiser. O mínimo q poderia acontecer seria termos de pernoitar na mata desconfortavelmente. Mas e daí? Quem ta na chuva é pra se molhar... Meia hora depois iniciamos a subida de rio de fato, ora caminhando pelas pedras de seu leito rochoso ora palmilhando a encosta plana cheia de mata de sua margem esquerda. Alguns trechos onde surgiam obstáculos como enormes piscinões, gigantescas rochas ou voçorocas de mata caída eram transpostos contornando os mesmos sem maiores dificuldades. E tome escalaminhada de rochas, vara-mato simples e cruzamento de belas prainhas e remansos fluviais, sempre enfiando as botas no rio com água ate o joelho ou um pouco acima dele. Mas foi ai q descobrimos uma picada q acompanhava o rio pela sua margem esquerda e da qual não resolvemos sair, pois por meio dela o avanço era mto mais rápido e facilitado. Num determinado pto da trilha, minha desatenção fez com q pisasse num buraco escondido pela folhagem onde minha perna td caiu com força, me desequilibrando e estatelando no chão. Francamente, levei um tombo q deixou minha coxa dolorida pelo resto do dia e so não tive fratura no fêmur devido ao meu biótipo mais atarracado. E tome Dorflex!!
Mas como alegria de pobre dura pouco, a picada logo desviou do rio subindo a serra. Como nossa intenção era seguir o rio a abandonamos e retomamos a pernada pela água ou pela margem florestada.. Assim sendo, continuamos nosso avanço vagaroso pelo rio ou pela margem, conforme onde fosse mais facil; pelo rio o cuidado era saber avaliar tanto a profundidade dos poços como das pedras (menos escorregadias e mais firmes) em q pisar no caminho; pela margem ou encosta havia q saber onde havia menos mato a transpor, principalmente qdo surgiam voçorocas de xaxim espinhento ou deslizamentos q traziam meia floresta abaixo.
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