Página 3 de 3
Poço Esmeralda
Apesar da pouca declividade, a caminhada é agradável e sem gdes dificuldades, pra espanto das pequenas pererecas q saltam à minha presença. O rio tem pouco volume dagua, as vezes se alarga e estreita, mas sempre tem água represada algum poção ou piscina cristalina no caminho. De repente, numa curva o rio se estreita e aumenta de declividade, havendo necessidade não apenas de caminhada e sim escalaminhada, mas é escalaminhada facil. Os poços e piscinas de cor esmeralda aumentam, e naquele sol e calor de rachar são convite bem tentador. Mas deixo pra saciar essa vontade pra depois, pois quero otimizar a subida de rio. Hora e meia após adentrar no Rio Sem Nome encontro uns jovens desfrutando de um dos vários remansos represados e com quem troco algumas infos. Me disseram q haviam chegado ali através de uma picada rio acima, próximo de um desbarrancado. Tb não sabiam o nome daquele rio mas ficaram principalmente pasmos ao saber q eu tava ali sozinho, subindo o rio. Peguei algumas infos e me despedi deles, dando continuidade á subida do rio, sempre passando por enormes piscinões e mini-cachus. Meia hora depois o rio estreitou-se mais e mais, o leito era dominado por enormes muralhas com sinais de deslizamentos e arvores tombadas. Numa delas vi uma marcação de trilha, supostamente por onde os jovens chegaram. Como reparei q dali em diante o rio se embrenhava na mata, sem gdes atrativos, resolvi estacionar numa das gdes lajes à disposição e me presentear com um refrescante tchibum, ao sol e calor causticante do meio-dia e meia. Na sequencia e dono absoluto daquele pequeno pedaço de paraíso, fiquei lagarteando á tóa, belisquei algo e descansei. Mas por volta das 13:30 resolvi retomar o rumo de volta, voltei á marcação na arvore e toquei encosta acima. E tome encosta íngreme, quase vertical, onde as mãos foram tão importantes qto os pés ao ter de se agarrar tanto em pedras como raizes. Minutos depois estava de volta à trilha principal e dali foi so voltar td novamente, subindo devagar e sem pressa, agora envoltos num calor abafado quase palpável q me fez suar em bicas. Os piores trechos foram ao transpor as torres de alta tensão, onde alem de varar mato parecia q o calor emanava do chão!!! Após vencer mais de 500m de desnível, cheguei no alto da serra as 14:30 com a camisa totalmente enxarcada de suor. Pra minha surpresa desemboquei justamente no trailer da fiscalização, q agora encontrava-se no começo da trilha. Imeditamente me dirigi a ele pra conversar com os guardinhas e pedir mais explicações e tal. Enfim, me disseram q extraordinariamente naquele dia haviam chegado tarde (pra minha sorte!) mas q comumente estão ali das 7hrs às 19hrs barrando qq um q tente acessar a "Trilha do Mogi", com ou sem guia. Eles confirmaram as infos do Caneco Verde referentes aos desbarrancados e gente perdida na trilha. Falaram de um casal q entrou à noite (pra burlar a fiscalização)e despencou num trecho íngreme, e so foi resgatado de helicoptero no dia sgte, entre outras patacoadas. Mas acrescentaram q a picada está fechada pra, alem de evitar mais acidentes, ser feito um trabalho de manutenção q consumirá uns 3 meses, e somente depois será liberada novamente, porém com controle de visitação. Disseram q nesta semana ainda será colocada uma guarita na entrada e q haverá limite de numero de pessoas na trilha, justamente pra evitar q grupos numerosos detonem o trajeto, no qual não se vê mais nenhum bicho mais. Devidamente esclarecido, me mandei pra vila de Paranapicaba pra bebemorar com umas brejas geladas o restante daquela tarde agradável e extremamente calorenta daquele dia. Resumindo, o Rio Sem Nome vai continuar com seus plácidos e acessíveis remansos esperando banhistas, q com estas novas medidas vão terminar denominando-o tb de "Rio Sem Nome Nem Frequentadores". Mas isto tb irá se estender à Prainha do Mogi e até à famosa travessia ate Cubatão, a "Raiz da Serra". Até q a situação se normalize os gdes atrativos do Vale do Rio Mogi continuarão sendo privilegio apenas de quem tiver minimamente ousadia em "pular a cerca" e arcar com as conseqüências, naturalmente. É sempre aquela ladainha já bastante conhecida: por causa de meia dúzia de irresponsáveis tds terminam pagando o pato.
Jorge Soto http://www.brasilvertical.com.br/antigo/l_trek.html http://jorgebeer.multiply.com/photos
Rio Sem Nome trilha íngreme
Alto da Serra
deslizamentos
|