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A pernada seguiu nesse mesmo compasso sem intercedências, onde eventualmente desviávamos de arvores tombadas e cruzamos pequenos córregos q molhavam a nossa goela seca. Às 12:20 desembocamos no enorme charco q esconde uma discreta bifurcação q nos passou desapercebida da vez anterior, pelas dicas do Seu Geraldo. Tomando o ramo da direita nos embrenhamos em mata bem mais fechada, onde subíamos suavemente uma encosta e onde em mais de uma ocasião tivemos tanto q abrir caminho na raça por conta da gde quatidade de mato obstruindo o caminho. As vezes surgiam duvidas qto a rota, mas estas desapareciam qdo reencontrávamos a picada bem mais marcada, logo adiante. O sol e o calor estão de fritar miolos e nessa hora nosso único pensamento é um: cachoeira já! Mas logo adiante uma trilha cruza a principal e logicamente é ignorada, nos mantendo sempre na qual estamos, q agora palmilha o alto de um largo morro. Mas não demora a surgir uma nova bifurcação q gera dúvidas, mas q logo sanada qdo o Fernando ouve o rugido de alguma gde cachu vinda do ramo da direita, bem proxima. Tomando esta direção indefinidamente, logo percebemos q vamos perdendo altitude através de uma suave encosta e num piscar de olhos nos vemos num gramado (onde havia vestígios de acampamento, provavelmente de caçadores) às margens do largo e manso Rio Sertãozinho, onde uma pequena represa de concreto despeja suas águas pro patamar superior de uma gde queda maior, q por sua vez lança seu conteúdo furiosamente de duas enormes e ingremes rampas de pedra de quase 30m num largo e gde poção. Do poção, o rio serpenteia planalto abaixo através de corredeiras menores ate amansar novamente 500m depois. Haviamos enfim chegado na Represa e Cachu da Light a exatas 13hrs, e com o sol a pino não pensamos duas vezes em estacionar ali pra nos refrescar na agua de seus varios remansos, alem de beliscar alguma coisa, descansar á sombra das lajotas na margem e remover alguns carrapatos, claro. Além do obrigatório e refrescante tchibum na parte de cima da cachu, o destaque foram os causos do nosso "Forrest" Danilo "Gump" q descontraíram a galera. E enqto a Karina e Simone se tostavam ao forte sol, a Ana, Fabio e Vivi faziam questão de fugir dele buscando proteção à sombra dos arbustos próximos. A curtição tava boa mas havia q dar continuidade à trip, q previa descer o rio ate a outra queda através de terreno incerto. Arrumamos as coisas e as 14:30 retomamos a trilha pela qual havíamos chegado ali ate uma bifurcação, onde obviamente tomamos o ramo q aparentava acompanhar a encosta do morro da cachu. O mato seco logo deu lugar a uma floresta úmida forrada de bromélias e raízes brotando do chão, uma beleza de Mata Atlântica q deixaria qq gringo despirocado. Contornado o morro logo caímos novamente às margens do rio, mais adiante. Mas este trecho eu já conhecia de uma exploração anterior e daqui em diante td dava conta de q teríamos q prosseguir rio abaixo mediante vara-mato e caminhada pela água. Ou seja, ralação garantida. Lembro q o próprio Seu Geraldo havia comentado de uma picada q unia as cachus, mas eu não vi sinal dela. Entretanto, um curioso Danilo (sim, sempre ele!) foi zanzar através dum areal próximo de um caminho dágua e acabou esbarrando com a tal trilha perdida!!! Noutras palavras, não haveria ralação alguma pra alivio geral! Este achado fez do Danilo ganhar merecidamente a alcunha de "Ícone do trekking paulista" por parte dele mesmo...
Uma vez na trilha bastou acompanhá-la sem erro, já q ela era bem nítida e obvia apesar da onipresente mata caída no caminho, principalmente arvores repletas de vasos de belas bromélias suspensas. Praticamente acompanhávamos o rio à distancia pois a medida q avançávamos íamos vencendo morrotes e pirambas q eventualmente se interpunham no mesmo, mas cujo rugido de suas águas era sempre audível ora longe ora próximo. Contudo, não demorou a chegar num trecho onde a trilha se perdia na mata, aparentemente oculta num "mar de bromélias e raízes". Mas foi só este q vos escreve buscar no lugar certo e achar a continuidade da picada, logo adiante, q o manto do titulo de "ícone de trekking paulista" passou a repousar sob novos ombros, pra tristeza do nosso contador de historias oficial. A pernada teve continuidade de forma desobstruída e sempre num mesmo compasso, agora envoltos por um calor abafado quase palpável q nos fez suar em bicas. A sorte é q aqui não falta agua no caminho, pelo menos no verão. Não se anda um tanto sem cruzar com algum córrego cristalino, e cada um deles convida pra uma breve parada. Mas após esperar o Danilo voltar pra buscar (sem sucesso) sua garrafa dágua q deixara cair, tropeçamos com as ruinas do q parecia ser uma antiga construção local q imediatamente reconheci de uma exploração anterior. Ou seja, faltava pouco pra chegar ao nosso destino. E lá prosseguimos a pasos firmes ora pela encosta - subindo e descendo sem gde declividade - ora pelo topo da serra, tendo sempre audível o som borbulhante de água em abundancia à nossa esquerda. Após cruzar um pequeno e manso afluente do Sertãozinho q molhou nossa garganta, a picada acompanhou o pequeno curso dágua por pouco tempo ate esbarrar com uma bifurcação famosa e mais q conhecida, a da Cachu da Pedra Furada. Tomamos então a dita cuja q nos conduziu através inicialmente através de uma encosta, pra depois serpentear a crista de um morrote sem gde dificuldade. Qdo o caminho começa a descer indo de encontro a outro córrego, bastou acompanhar o mesmo em meio a um emaranhado de raizes e num piscar de olhos emergimos nos gdes e largos lajedos às margens do Sertãozinho, já quase as 16hrs. Pois é, a bendita picada nos poupou quase uma hora de vara-mato e camelação de rio desnecessários.
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