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Retornamos então satisfeitos, refazendo td caminho feito ate então porem de cuidado redobrado, enqto ouvíamos a algazarra de bugios nalgum lugar na mata. O pessoal já havia partido e nos aguardava no vale, lá embaixo, próximo da água. Bem, ao encontra-los, quase 14hrs, ficamos divididos em se retornávamos pelo mesmo caminho ou se arriscávamos descer um rio qq ate o Seu Nelson. Pelo horário avançado, decidimos pela opção mais segura, ou seja, a primeira,claro! Ate pq na mata naquele horário já tava bem escuro. E la fomos nos, descendo td aquilo novamente, eventualmente cortando caminho em meio aos vales de modo a interceptar a crista descendente principal. Desescalaminhamos pedras num curso dágua, bordejamos encostas íngremes e descemos forte através da mata, principalmente qdo percebiamos estar parados sobre enormes formigueiros na hora q as bichinhas subiam na gente,q abundam por aqui!! No caminho, uma breve parada num córrego é necessaria pra repor as energias e comer algo, assim como pro Dom e Thunder perceberem perdas materiais com a vegetacao se apropriando pra si de um cantil cheio e um óculos de marca, respectivamente, durante a ágil descida no vara-mato.
Na sequencia continuamos pelo caminho de água pra desviar novamente em direção a mata fechada, agora por terreno menos íngreme, e foi justamente aqui q o Ronaldo fatiou seu dedo ao escorregar sobre o facão! Apesar do corte fundo, o cabra é macho e prosseguiu a pernada sem chororô algum, embora a mão dele lembrasse um chafariz espirrando sangue! Num piscar de olhos caímos no terreno plano,passamos um correguinho e desembocamos num descampado, onde tomamos uma trilha q nos deixou na casa do Seu Nelson, as 17hrs!!
Àquela altura estávamos tds cansados e famintos, tanto q ainda fizemos uma hora ainda ali, comendo algo e preparando as coisas pra retornar. Eu estava bem sujo e não via a hora de um banho ao chegar em casa, já q parece q eu tinha mato e terra por td corpo! Alem de imundos, tds estavam sequelados de alguma forma, seja com dores musculares, espinhos e ralados pelo corpo, sem excecao! Seu Nelson providenciou um kit de primeiros socorros pra enfaixar o corte do Ronaldo, enqto nos preparávamos pra zarpar, quase as 18hrs. Nos despedimos do simpático senhor e fomos cruzar o Rio Itapanhaú no escuro, cortesia q foi feita de bote graças ao Silvio, q nos levou gentilmente à outra margem com segurança. Dali ainda andamos quase 3km entediantes por estrada de terra ate dar no asfalto da Mogi-Bertioga, mas não sem antes saltar o cerca onde uma lacônica placa proíbe o acesso ate ali. Saldo final, 15km totalizados naquele domingo.
Na sequencia nos prostramos à margem do asfalto, aguardando o q fosse, seja lotação,carona ou busunga, ate q este ultimo passou com apenas 3 lugares. Eu, Dom e Fernando nos despedimos do resto embarcando nele, chegando na Balança logo depois e retornar de carro à Sampa. Cheguei em casa por volta da meia-noite, mas não sem parar num boteco perto de casa pra bebemorar o sucesso da trip. O resto do pessoal tomou o busao sgte, q passou quase hora depois.
Enfim, entre mortos e feridos o saldo havia sido mais q positivo, sem duvida! Afinal, foi mais q provado q ainda existem programas selvagens em locais inóspitos bem próximos dos centros urbanos, e q "desafios montanhisticos" como o Cabeça de Nego estão ao alcance de qq um, assim como caminhadas pra tds os fôlegos. Basta planejamento, determinacao e um pingo de gosto pelo perrengue. E qto o filme do Stallone & cia? Bem, se não nos regozijar com o mesmo prazer e satisfação q inundou nosso espírito ao conquistar o morro como pelo conjunto de emoções da trip, se ao menos nos reservar diversão escapista e descompromissada por hora e meia na poltrona já ta de mto bom tamanho.
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