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CIRCUITÃO SABATINO PELA “TRILHA DAS ANTAS” - Página 2 PDF Imprimir E-mail
Seção: Trekking - Categoria: Geral
Escrito por Jorge Soto   
Sáb, 29 de Agosto de 2009 15:34
Índice do Artigo
CIRCUITÃO SABATINO PELA “TRILHA DAS ANTAS”
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Este inicio de "trilha" é uma "quase-estrada" obvia, apenas cercada de mata de ambos lados - principalmente pinheiros e eucaliptos - e decorada por belos canteiros de maria-sem-vergonhas, q não oferece problemas de orientacao. Basta apenas acompanhar a picada principal e ignorar bifurcacoes menores ou trilhas transversais.Tendo sempre na dianteira o Fernando, Nei e Abade, auxiliados eventualmente pelos ptos plotados pelo Claudio, cruzamos c/ eventuais trechos encharcados q nos obrigam a saltar aqui e ali, sempre no sentido sul/sudoeste. Mas após um certo tempo, a picada mergulha na mata e continua em suave declive, s/ maiores intercedências. O agradavel som de agua marulhando nalgum canto a nossa direita anuncia estarmos proximos de algum gde curso dagua, audivel de leve desde o inicio da pernada. Mas não tardou a esbarrar c/ um 1º riozinho se interpondo no caminho, q bastou cruzar cautelosamente (alguns metros acima) por dois precarios tocos carcomidos remanescentes do q outrora foi uma ponte.
Após este obstaculo, a picada nivela em meio a um bosque de pinheiros, sai no aberto, mas novamente mergulha na mata fechada, eventualmente palmilhando uma vala erodida e escorregadia. As 11:40 esbarramos com um novo riozinho no caminho, q foi transposto atraves de troncos besuntados de limo, q obrigaram os menos confiantes a descer ate o rio e cruza-lo por baixo mesmo, c/ + seguranca. Mas as paradas p/ descanso são raras, principalmente pelas enormes mutucas q não nos dao sossego e mordem ate por cima da roupa!

Após bordejar um belo laguinho pela esquerda e novamente nos enfiarmos na mata, um 3º rio é vencido nos mesmos moldes q o 2º. Aqui a picada já se estreitou o suficiente e nos obriga a redobrar a atencao no caminho, q pode gerar confusao nas trilhas laterais q se entrecruzam e nas bifurcacoes, mas o sentido é sempre pela picada principal (geralmente p/ esquerda), p/ sudoeste. E após um suave declive e saltar um pequeno corrego por cima das pedras, passamos a bordejar a encosta da serra, eventualmente desviando do mato e gdes arvores tombados no caminho. Notamos q visivelmetne aqui fora uma larga estrada, dados o cortes verticais talhados na encosta, q agora foi tomada pelo mato pelo desuso.Alem disso, passamos por vestigios do q restara de antigas construcoes, inclusive uma escola, onde o metal de antigas carteiras agora reluzem aos raios solares filtrados pela farta vegetacao.
As 12:30 alcancamos nova bifurcacao, esta de alguma relevancia: p/ esquerda teoricamente dariamos na Garganta almejada; pra direita dariamos no Rio Itatinga e, + adiante, nos limites do  Pq das Neblinas. Tomamos a da esquerda, ansiosos pela possibilidade de descer a Garganta e, quem sabe, alcancar a planicie costeira. Pois bem, a picada prossegue sempre na mata, subindo suavemente ate dar no q parece ser uma crista, p/ na sequencia comecar a perder altitude no mesmo compasso. Mas meia hr após a bifurcacao a trilha some completamente, o q nos obriga a decidir q rumo tomar abrindo mato no peito, porém no sentido desejado. Neste trecho, o Carlos e a Roberta decidiram retornar pois não estavam preparados pra pernoitar na mata, pois varando mato ate nosso destino tal possibilidade era real. Por sorte ele tb havia plotado a picada ate aquele trecho e pode retornar ao inicio s/ maiores dificuldades.
C/ o grupo reduzido, prosseguimos abrindo caminho na raça, embora isso não fosse tao dificil devido à vegetacao bem espaçada entre si, e pelo fato de estarmos numa crista não havia muito mato caido no caminho. Mas não demorou em termos de descer pela encosta direita, q por sua vez ganhou declividade num piscar de olhos! Mais um pouco e nos vimos numa beirada da montanha forrada de mata, onde as poucas frestas possibilitavam vislumbres da imponente Garganta do Gigante a nossa frente, c/ paredoes esmeraldas despencando vertiginosamente ao sopé da serra. Ao longe, a linha do horizonte se dividia entre o bege claro das praias de Bertioga, o azul intenso das aguas do mar e o azul claro e limpido do céu! Como prosseguir era impossivel, nos reunimos pra decidir o q fazer, e resolvemos tomar rumo à Barragem de Itatinga, cujas cachu era perfeitamente audivel onde estavamos.
Pois bem, dali apenas subimos um pouco o morro de modo a sair daquele barranco quase vertical, pra depois derivar p/ direita e, desviando diagonalmente de maiores matacoes s/ dificuldade pela encosta, alcancar as beiradas da Barragem orientados apenas pelo som da agua. Este processo td não levou nem 10 min, e logo nos vimos as margens do largo Rio Itatinga, um dos gdes tributarios do conhecido Rio Itapanhaú. O Itatinga, após serpentear de forma ruidosa boa parte do planalto, tem suas aguas represadas mansamente pela muretinha da pequena Barragem, q depois sao canalizadas por um impressionate aqueoduto  - construido em pedra no inicio do seculo passado - até lá embaixo, já na planicie costeira, onde moverao as turbinas da hidreletrica homônima, q ainda gera energia pro porto de Santos. O visu da Barragem tb é bem bonito: uma pequena casinha/guarita guarda a represa, por sua vez debruçada sobre o planalto frontal à planicie costeira de Santos. S/ sinal da costumeira nebulosidade  q domina a regiao, tinhamos uma ampla e bela vista do litoral, mesmo enfiados no meio da mata. O visu de Bertioga, por sua vez, deixou a Báh alucinada p/ chegar ate lá, mesmo q pra isso tivesse q pagar uma porção de camarão pra td mundo depois, promessa q ninguem esqueceu, claro!
Voltando à pernada, como cruzar pro outro lado da Barragem por cima da muretinha tava fora de cogitacao (não pela dificuldade mas pq é prop. privada e um guardinha já tava de olho na gente) o jeito foi bordejar as encostas rentes ao rio de modo a alcancar um trecho mais raso p/ atravessa-lo. Entretanto, as 13:30, estacionamos naquela piramba forrada de mata de sombra, e comoda e oportunamente nos permitimos um breve lanche e algum descanso, c/ direito ate a miojao preparado pelo Ricardito & Néia, do povo pedindo gentilmente p/ Leila fumar numa area reservada p/ tal, e da tagarelagem do sociavel Eric com uma matraca q não deixava ninguem conversar. Alem de ouvir os animados causos da Cris, Vagner e Ana.


 
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