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RIO SERTÃOZINHO-RUMO A CACHOEIRA DA PEDRA FURADA - Página 2 PDF Imprimir E-mail
Seção: Trekking - Categoria: Geral
Escrito por Jorge Soto   
Qua, 26 de Agosto de 2009 21:34
Índice do Artigo
RIO SERTÃOZINHO-RUMO A CACHOEIRA DA PEDRA FURADA
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pdafurada1Mas após sair brevemente no aberto surge uma bifurcacao, e instintivamente tomamos à esquerda. Na verdade, iamos guiados pelo Fernando, Nei e Claudio 1, q conhecem bem estas bandas como ninguem, tendo como co-pilota a Milena, q já havia estado na Pda Furada noutra ocasiao. Entretanto, a mata havia crescido mto (e em pouco tempo) a pto de mudar  algumas referencias basicas da picada principal. A trilha fechar de vez foi a deixa p/ perceber q estavamos na bifurcacao equivocada, mas q seria oportuna apenas na nossa volta. No trajeto, um bambuzinho + ousado tascou um violento "beijo" no rosto da Karine a pto de deixar evidente marca rubra dessa irresistivel paixao. Pra acudi-la, Claudio 1 e seus trocentos apetrechos incluiam uma pomada q - à base de algum elemento "psicotrópico" -  deixaram a incauta trilheira na dependencia total do mimo.
Voltamos entao à bifurcacao anterior pra tomar o ramo da direita, q num piscar de olhos tb se enfiou na densa e exuberante mata. Após passar por 2 corregos cristalinos por meio de pequenas pinguelinhas de troncos carcomidos, eis q surge nova bifurcacao q intuitivamente nos obriga a tomar a direita ainda bordejando a encosta, pois a outra ramificacao aparentemente descia a um vale. Mas acredito q ambas picadas dessem no mesmo local, pois logo a trilha q palmilhavamos - após suave sobe-desce - perdeu altitude respeitavel bordejando uma encosta, p/ depois nos despejar às margens de um pequeno riozinho, cujas aguas marulhando já eram audiveis faz tempo. Daqui bastou acompanhar o rio, ora pela trilha na encosta de sua margem direita ou pelas pedras coalhadas sobre seu leito, ate dar na origem do som ensurdecedor de alguma cachu proxima, cujo rugido aumentava conforme nossa aproximacao.
As 12:30 caímos na confluencia do riachinho c/ o largo e manso Rio Sertaozinho, q após serpentear a morraria despencava furiosa e ruidosamente numa sequencia de cachus consecutivas em meio as pedras e declividade do terreno, serra abaixo. E justamente a 1ª delas era a Cachu da Pda Furada, da qual tinhamos vista privilegiada do alto dos seus 20m. Seu topo so foi alcancado tateando cautelosamente lajotas e pedras, escorregadias feito sabao devido ao limo e a umidade da garoa, q por sua vez não nos deu tregua desde inicio de trilha. Estavamos bem molhados e c/ frio, mas a recompensa de estar ali c/ as cachus c/ volume redobrado despencando já havia valido a pena. Eu, Báh e Eddy ate nos arriscamos andando (irresponsavelmente, diga-se de passagem) sobre as ardilosas pedras do topo da cachu ate o meio da mesma, onde haviam ate grampos de rapel. Cachu, ok.. mas pq Pda Furada? Bastou descer ate a base da mesma pra saber o porque...
pdafurada3Do alto da cachu, cuidadosamente, desescalaminhamos o paredao esquerdo. Inicialmente acreditavamos haver necessidade de rapel, e o Fernando ate já posicionara corda p/ povo descer, mas isso foi desnecessario pois estudando bem a muralha de pedra vi q era possivel descê-la atraves de uma oportuna e firme raiz q ia ate embaixo, fornecendo agarras e apoios seguros junto à rocha besuntada de limo. E lá fomos desescalando, aos poucos, ate dar nos amplos lajedos e piscinoes da base da cachu. Ou quase tds, pois o Nei teve q acompanhar a novata andarilha Vanessa e dar uma volta (enorme) pela encosta ate ali, pois ela não sentiu firmeza em descer pela "raiz-escada".
Uma vez tds la embaixo, pudemos constatar de fato o motivo do nome da Cachu da Pedra Furada. No alto da cachu, o Rio Sertaozinho é represado por uma enorme rocha perpendicular a ele, e a agua, por entre fendas entre as rochas submersas, sai em forma de jatos paralelos mais abaixo. Isto é, a cachu despenca pelo "furos" da pedra. Um espetáculo da natureza. Queda dágua diferenciada é isso aí, merecedora de varios cliques e nenhum tchibum, claro, devido ao frio e à correnteza redobrada!
Pois bem, após um tempo de contemplacao e de beliscar alguma coisa, percebemos q era necessario comecar a andar logo. Encharcados ate a alma naquela friaca, ficar parado por mto tempo esfriava o sangue e congelava os ossos, razao pela qual insistimos em prosseguir a pernada. Como a trip ate a cachu era relativametne curta, haviamos decidido na volta esticar ate a "Pedra do Sapo", um belo mirante proximo. Mas tendo em vista o péssimo tempo, o despreparo de alguns e a impossibilidade qq visu na "pedra-anfibia", optamos por melhor comecar a volta p/ casa, ainda com luz natural. De qq maneira, chegar ate aquela bela cachu já havia valido o dia.
Retomamos a pernada no sentido inverso as 14hrs, refazendo td percurso c/ + rapidez. Quica pq agora já não tinhamos preocupacao em desviar de poças ou de nos molharmos. Afinal, já "q tamo no infermo vamo abraçar o capeta", enfiando o pé td na lama e td mais. À diferenca da ida, onde a trilha td foi feita em meio a mta animacao e descontracao, na volta estavam tds imersos em seus proprios pensamentos, cada um matutando sobre alguma coisa. Os meus, particularmente, giravam em torno da iminencia de ter acochegante roupa seca e meias quentes pros meus pés gelados! Bem, p/ não voltar necessariamente pelo mesmo caminho, ao alcançar a 1ª bifurcacao, tomamos o ramo da esquerda, afim de cair numa estrada de terra secundaria proxima. Sim, aquele mesmo no qual o mato fechado havia nos barrado. Pois bastou avancar + um pouco q a trilha outra vez surgia, limpa e desimpedida. Sempre indo em frente, logo percebemos q estamos no q outrora foi uma estrada, agora tomada parcialmente pelo mato, q desce suavemente a encosta da serra.

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